São sete cardeais brasileiros, quatro cardeais portugueses, um cabo-verdiano e um timorense que vão ajudar a escolher o novo líder da Igreja Católica. O Cardeal eleitor de Cabo Verde é Dom Arlindo Gomes Furtado.
O primeiro cardeal católico cabo-verdiano, Arlindo Gomes Furtado, tem 75 anos e é o atual bispo de Santiago, a primeira diocese africana após os Descobrimentos. Antigo bispo do Mindelo, passou para a capital em 2009 e, seis anos depois, foi elevado a cardeal.
Cardeais eleitores portugueses
Portugal tem, pela primeira vez desde que o colégio cardinalício foi criado, quatro cardeais eleitores no conclave que irá escolher o sucessor de Francisco. São eles António Marto, Américo Aguiar, Manuel Clemente e Tolentino de Mendonça.
O mais velho dos quatro cardeais eleitores portugueses, António Augusto dos Santos Marto, foi bispo de Viseu e de Leiria-Fátima, onde presidiu às celebrações dos cem anos das aparições marianas da Cova da Iria.
Américo Aguiar é o mais novo cardeal português, de apenas 51 anos, tendo sido elevado pelo Papa Francisco há dois anos, logo após a Jornada Mundial da Juventude, organização a que presidiu.
O cardeal Manuel Clemente foi uma das primeiras nomeações de Francisco que, poucas semanas depois de ter sido eleito, o transferiu da diocese do Porto para o Patriarcado de Lisboa, sucedendo a José da Cruz Policarpo, já então gravemente doente.
O madeirense José Tolentino de Mendonça é o atual prefeito do Dicastério para a Cultura e a Educação. Poeta galardoado com o prémio Pessoa em 2023, ensaísta, dramaturgo, académico e teólogo, foi elevado a cardeal em 2019.
Cardeais eleitores brasileiros
Atual presidente do Conselho Episcopal Latino-Americano, o franciscano Jaime Spengler (64 anos), elevado a cardeal por Francisco, é arcebispo de Porto Alegre e considerado um dirigente progressista, ocupando a liderança da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil.
Elevado a cardeal por Bento XVI, João Braz de Aviz nasceu no sul do Brasil há 77 anos, foi arcebispo de Brasília e prefeito do Dicastério para os Institutos de Vida Consagrada e Sociedades de Vida Apostólica no Vaticano, sendo considerado um purpurado progressista, defensor da teologia da libertação, uma doutrina condenada pelo Vaticano na década de 1980 e 1990.
Elevado a cardeal há três anos, o franciscano Leonardo Ulrich Steiner é arcebispo de Manaus e é formado em filosofia e pedagogia, ocupando ainda cargos nas estruturas missionárias junto dos indígenas da Amazónia.
Odilo Pedro Scherer, 75 anos, era visto como um dos nomes mais fortes da América Latina para suceder a Bento XVI, em 2013. Hoje mantém-se como responsável pela arquidiocese de São Paulo, cargo a que pediu renúncia, ainda não aceite por Francisco.
Orani Tempesta é o único cardeal cisterciense do conclave. Atual arcebispo do Rio de Janeiro, depois de ter ocupado função semelhante em Belém, estado do Pará, é cardeal desde 2014, tendo sido o anfitrião do Papa Francisco na Jornada Mundial da Juventude de 2013.
Elevado a cardeal por Francisco, Paulo Cezar Costa (57 anos) é o atual arcebispo de Brasília, sucedendo ao também purpurado Sérgio da Rocha, tendo sido anteriormente titular de São Carlos (estado de São Paulo).
Com 65 anos, Sérgio da Rocha é o único lusófono do Conselho de Cardeais – um órgão consultor de Francisco no projeto de revisão da Cúria Romana – e lidera a diocese de São Salvador da Bahia, função que o eleva à condição de Primaz do Brasil.
Cardeal eleitor de Timor-Leste
Aos 57 anos, Virgílio do Carmo é o primeiro cardeal católico de Timor-Leste e é o atual arcebispo de Díli. Foi Superior provincial dos Salesianos em Timor-Leste e na Indonésia e foi anfitrião de uma visita apostólica de Francisco em setembro de 2024.
C/ CNN Portugal
