O candidato à líder do PAICV, Jorge Spencer Lima, disse acatar com “toda a serenidade” a decisão do Tribunal Constitucional (TC) de suspender a realização do acto eleitoral que estava marcada para Domingo, 30 de Março. Spencer Lima também notou que o Conselho Jurisdicional do partido “deveria ter resolvido esta situação, porque teve petição neste sentido, mas ignorou simplesmente e foi em frente”.
Em declarações à Agência Cabo-verdiana de Notícias (Inforpress), o proponente da candidatura “Por Cabo Verde, Um PAICV Forte e ganhador”, disse não haver razões para alarmes, alegando que o Tribunal Constitucional cumpriu o seu papel.
“Se um militante do PAICV resolver impugnar uma candidatura é legítimo e é o seu direito. Cada um deve respeitar o direito dos militantes e o Tribunal Constitucional é um órgão capaz e, sobretudo, um órgão imparcial que vai julgar de acordo com as regras. Não é preciso nada de alarmismo, nada de confusão”, defendeu Spencer Lima.
“Conselho Jurisdicional deveria ter resolvido esta situação”
Considerando que neste momento deve-se ter “calma e serenidade”, este pretendente disse que “este assunto deveria ter ficado resolvido dentro das instâncias do PAICV”, salientando que o “Conselho Jurisdicional deveria ter resolvido esta situação, porque teve petição neste sentido, mas que a ignorou simplesmente e foi em frente”.
“Vamos estar todos calmos à espera que o TC, que é um órgão de soberania, pronuncie e dê o seu veredicto e vamos todos acolher a decisão”, referiu, afirmando que as decisões arrastaram por culpa do Conselho Jurisdicional que só veio pronunciar tardiamente (uma semana depois).
“Desorganização nesta questão de eleições”
“Houve alguma desorganização nesta questão de eleições e, portanto, isto deu no que deu. As eleições vão-se realizar, o candidato que tiver condições para se candidatar nos termos dos regulamentos e do estatuto do partido deve candidatar-se. Vamos esperar que o Tribunal Constitucional decida sobre esta matéria”, frisou.
Spencer Lima admite que esta eleição possa fragilizar o Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV, oposição), mas considera que tudo vai continuar nas mãos dos militantes, ressalvando que estes terão de escolher um candidato que lhes dê a garantia de união, de um partido forte e unido.
O Tribunal Constitucional (TC), refira-se, suspendeu, Sexta-feira, 28, o acto eleitoral de Domingo, 30, deveria eleger o novo líder do partido e os delegados ao Congresso previsto para 02 a 04 de Maio.
Esta decisão surge na sequência de uma impugnação apresentada por um militante do partido, Jorge Lopes, alegando que o candidato Francisco Carvalho não reúne condições para se candidatar à liderança do partido.
Além do empresário Jorge Spencer Lima, também concorrem com à liderança do PAICV o presidente da Câmara Municipal da Praia, Francisco Carvalho, o deputado pelo círculo eleitoral da Europa, Francisco Pereira, e o presidente da Câmara Municipal de São Filipe, Nuías Silva.
C/Inforpress
