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A VERDADE!

Por: Francisco Fragoso*

Para principiar:

A VERDADE não é uma hetera que se pode encontrar 

ao dobrar de uma Esquina!

A VERDADE

ELA é paciente!

Eis porque quem luta pela VERDADE

Só possui uma VIRTUDE:

A de Pugnar pela VERDADE! . . . 

KWAME KONDÉ

A reflexão sobre a VERDADE suscitou muitas especulações filosóficas!

Em primeiro lugar sobre a sua Natureza!

Duas posições, uma realista, a outra idealista, opõe-se no atinente a este problema: de um lado, a Verdade define-se pela adequação do Espírito à cousa, com amiúde o entendimento divino como intermediário entre o entendimento humano e as próprias cousas. Do outro lado, a Verdade define-se quer pelo acordo dos espíritos, quer mesmo por um carácter mais francamente intrínseco, cada verdade sendo apenas tal como pela sua relação sistemática ao conjunto das verdades!

É necessário outrossim mencionar a Teoria pragmatista que floresceu, aproximadamente nos anos 1 900, transformando um critério da verdade, numa definição, definindo, destarte: a verdade pelo êxito na ação que comanda! Uma outra grave questão é essa da relação da verdade aos outros valores: é um simples valor entre os (éticos, estéticos, vitais, por exemplo)? E, então, qual é o seu lugar na hierarquia dos valores? Ou bem plana ela acima dos valores, dominando todos pela exigência que sejam verdadeiros os julgamentos que se investe nelas? 

Sim, efetivamente, a noção de verdade é ambígua!

Pode-se falar de uma proposição verdadeira. Entretanto, pode-se falar, identicamente da verdade do seu conteúdo, como Platão colocou essa 

dos objetos hipostasiados em ideias, que visa segundo ele o conhecimento!

Uma primeira exigência a preencher para que a verdade adquira um estatuto predicativo foi, por conseguinte, separar os nomes e as cousas. Na ausência

 de uma tal separação, a conceção, tornada tradicional, da Lógica como ciência das condições formais do raciocínio verdadeiro não teria visto a luz do dia! 

A Verdade, no âmbito da LÓGICA:

O SUJEITO DA VERDADE!

“Verdade” assim como o seu antónimo “falsidade” são adjetivos substantivados. Estes adjetivos, “verdadeiro” e “falso”, apenas 

podem ser empregues como predicativos. Quais são os sujeitos possíveis para tais predicados? Apenas podem ser atribuídos, 

com todo rigor, a cousas, entretanto, unicamente ao que se possa dizer ou pensar sobre as cousas. É por extensão, e pelo modo abreviado de falar que, na linguagem usual, se faz qualificar cousas. Dizer “um verdadeiro amigo” ou “uma verdadeira crápula” quer significar que os vocábulos, amigo ou crápula devem ser entendidos na sua aceção robusta, ou ainda retorna a afirmar que a proposição 

“é um amigo” (ou melhor “é uma crápula”) é uma proposição verdadeira, vê-se ainda melhor esta deslocação do sentido com o falso. Visto que, enfim uma falsa alegação foi muito realmente uma alegria, um falso alerta assim mesmo foi verdadeiramente um alerta, uma falsa nota apesar disso, uma nota. O verdadeiro e o falso apenas podem ser atribuídos apropriadamente a proposições, caracterizadas destarte como Aristóteles, como o “discurso” no qual residem o verdadeiro e o falso”.

BROCKTON/BOSTON (USA) Março 2025

*Médico & Humanista

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