A vila de Ribeira da Barca, em Santa Catarina, acaba de ser beneficiada com uma embarcação de pesca semi-industrial, que será utilizada para reforçar a alimentação das cantinas escolares locais e de outras comunidades do município de Santiago.
Este projeto da Associação dos Pais e Encarregados de Educação de Ribeira da Barca (APEERB) é financiado pela Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (UNIDO), com um investimento de 7.000 contos. O montante contemplou a reabilitação da embarcação de oito metros, a aquisição de um motor e outros equipamentos necessários.
Em declarações, o presidente da APEERB, Manuel Geraldo, revelou que, além da entrega oficial da embarcação, a associação receberá também uma rede de cerco, permitindo que a embarcação comece a operar nos próximos dias.
“A embarcação já tem toda a documentação para operar, faltando apenas alguns pescadores receberem as cédulas marítimas e as matrículas de marinheiros”, explicou.
Criados 14 postos de trabalho
O projeto, que teve início em 2015, também irá gerar 14 postos de trabalho diretos e beneficiar toda a população da vila de Ribeira da Barca, conhecida pela sua atividade pesqueira.
Além disso, a iniciativa complementa outro projeto em andamento pela APEERB, que recolhe peixes dos pescadores e armadores locais para doar às cantinas escolares do município de Santa Catarina, contribuindo para a melhoria da alimentação dos alunos da região.
A cerimônia de entrega da embarcação e da rede de cerco contou com a presença do Ministro do Mar, Jorge Santos, e da coordenadora residente das Nações Unidas em Cabo Verde, Patrícia de Souza. O governante destacou a importância do projecto e explicou que a ideia é fazer o mesmo em outras comunidades piscatórias do país.
O evento foi antecedido pela terceira edição da ‘Conversa Aberta’ com o tema “Cadeia de valor da pesca: sustentabilidade e oportunidades”, e pela apresentação dos resultados do programa “Construindo Resiliência e Acabando com a Vulnerabilidade em Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento”.
Leliane Semedo
*Estagiária
