Em um comunicado divulgado hoje, 14, o Grupo LeYa e o autor Germano Almeida acordaram em avançar com a publicação do mais recente romance do autor, por considerarem que os visados no livro estão confortáveis com a sua publicação. Recorde-se que a publicação do livro havia sido suspensa na sequência da ameaça de processo judicial por pessoa que se sentiu “ofendida” pelo conteúdo da obra. Este anúncio põe assim fim à polémica.
O romance “Crime nas Correntes d’Escritas” é uma paródia sobre um roubo no festival Correntes d’Escrita, na Póvoa de Varzim, em Portugal, recorrendo a personagens reais.
No comunicado o Grupo LeYa explica que face a ameaças de processo judicial recebidas pela LeYa de visados que se sentiram “invadidos e agredidos pela forma como nele são tratados”, e depois de consultados os advogados que confirmaram que o livro podia ser objeto de ação judicial, a LeYa “optou por suspender a sua edição”.
Obra será publicada “com muito gosto”
Depois de clarificada a situação, continua a editora, considera que “estão reunidas as condições” para manter a publicação da obra.
“Quisemos proteger os nossos autores e a própria editora de uma possível litigância. Com a clarificação da situação, é com muito gosto que iremos prosseguir o trabalho de edição desenvolvido desde há dois anos e avançar com a publicação deste romance”, afirma Ana Rita Bessa, CEO da LeYa.
Já o autor Germano Almeida, declarou que a Caminho é a sua editora e que trabalham juntos há 32 anos. Isto depois de ter dito inicialmente que estava fora da editora. Com este acordo, o cenário mudou.
“Este romance contou com a colaboração do meu editor Zeferino Coelho, que sempre motivou a edição deste livro. Fico contente por termos ultrapassado a situação porque sei que, quer o Zeferino quer a Caminho, acreditam e apoiam esta minha obra”, finalizou Germano Almeida.
