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Santiago

Família mantém fé no regresso de pescador desaparecido no mar em Ribeira Grande de Santiago

A esperança ainda não se perdeu entre os familiares e amigos de António “Toi” de Pina Andrade, de 63 anos, também conhecido como “Brava”, que está desaparecido no mar desde sexta-feira, 14, na zona de Calheta de São Martinho, em Ribeira Grande de Santiago. O pescador experiente, saiu sozinho para pescar na sua pequena embarcação, de menos de três metros e com um motor de cinco cavalos, mas não regressou.

Nascido na ilha Brava, Toi vive há 34 anos em Calheta de São Martinho, no município da Ribeira Grande de Santiago. Pai de três filhos, o mais novo com 16 anos, é descrito como um homem experiente no mar, capaz de lidar com condições adversas.

Visto pela última vez

Seu filho, Carlos de Pina, que também é pescador, contou que o viu por volta das 16 horas de sexta-feira, fundeado na Baía de Calheta de São Martinho Grande. “Eu regressava do mar e o vi no bote dele a pescar aqui perto”, disse

A esposa, Rosalina Ribeiro, conta que também viu Toi a pescar no seu bote no mesmo lugar de sempre” por volta das 18 horas. “Quando era por volta da uma da madrugada de sábado, aproveitei a luz da lua e fui sozinha ver se estava ali, mas não vi nada. Pensei que estivesse a caminho. Sentei-me em cima da cama à espera de ouvir o barulho do motor, mas nada”, acrescentou.

Os familiares e vizinhos estranham o desaparecimento, já que as condições do mar estavam propícias para a pesca naquele dia. Além disso, os seus pertences – boia, remo e outros materiais – não foram encontrados à deriva, o que torna o caso ainda mais misterioso.

“Se tivesse sido emborcado por um peixe grande, ele saberia nadar e subir numa rocha. É estranho nada ter aparecido”, comentou, Rosalina Ribeiro.

Buscas

A família iniciou as buscas no domingo de manhã, enquanto um cunhado chegou a ir até perto do canal da Ilha do Fogo na tentativa de encontrar alguma pista, mas sem sucesso. Segundo relatos, Toi não levou o telemóvel desta vez, o que dificultou ainda mais a comunicação.

Os familiares disseram ainda que as autoridades estiveram na zona a fazer busca e que lhes disseram que continuarão a fazê-la durante cinco dias. A Nação tentou falar com os responsáveis da Polícia Marítima, mas as várias tentativas se revelaram frustradas.

Rosalina Ribeiro clama por mais esforços das autoridades para encontrar o marido e mantém firme a fé de que ele continua vivo. “Tenho esperança de que Toi vai voltar para casa”, afirmou.

Geremias S. Furtado

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