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Diáspora

Morte de cabo-verdiano na Amadora pode ser ajuste de contas

O assassinato do cabo-verdiano Felisberto Dias, conhecido por Gnoti, ocorrido na semana passada, pode estar ligado ao homicídio de Vítor Barros Pereira, também cabo-verdiano, ocorrido em Fevereiro de 2024. A hipótese de conexão entre os casos foi levantada por uma fonte conhecedora do processo ao jornal A NAÇÃO.  

Vítor Barros Pereira, de 35 anos, conhecido por “Tamborro”, foi emboscado e executado em frente à sua residência em Oeiras, região da Grande Lisboa. Suspeita-se que os atiradores façam parte da máfia angolana. 

Segundo testemunhos de familiares e vizinhos, Tamborro foi inicialmente espancado e, em seguida, atingido com cinco tiros por dois homens, que fugiram num carro conduzido por um cúmplice. Um vídeo mostra o condutor do veículo buzinando para alertar os atiradores da presença de testemunhas e a localização do carro de fuga.

No local do crime, foram encontrados invólucros de munições de calibre 9 mm e 5.56 mm. O primeiro calibre é habitualmente utilizado por forças de segurança em Portugal e proibido para civis, enquanto o segundo é compatível com espingardas de assalto de uso militar. Uma das imagens captadas no momento da fuga mostra um dos suspeitos segurando uma dessas armas.

Inicialmente, foi sugerido que a execução teria sido planeada a partir da França, mas novas versões começam a surgir.

Possível ligação com o assassinato de Felisberto Dias

Segundo fontes do A NAÇÃO, pessoas ligadas a uma facção à qual Vítor Pereira pertencia acreditavam que Felisberto Dias teria sido um dos “orquestradores” do seu homicídio. Com isso, um plano de vingança foi elaborado e pode ter sido concretizado na semana passada.

Felisberto Dias foi morto na quarta-feira, 5, após ter sido alvejado à porta de um ginásio na Reboleira, Amadora. O suspeito disparou vários tiros e fugiu do local numa mota em alta velocidade. Gnoti foi atingido no olho, no braço e no peito. Sua companheira testemunhou o crime.

A vítima possuía antecedentes de tráfico de drogas e já havia cumprido pena por crimes de violação. Conforme informado pela imprensa local, tudo indica que o assassinato foi um ajuste de contas. Apenas um suspeito foi identificado, e as autoridades consideram a execução como um crime premeditado.

O alerta sobre o ataque foi dado por volta das 10h00. Equipas de socorro chegaram rapidamente ao local, mas devido à gravidade dos ferimentos, o óbito foi declarado ainda na cena do crime.

Caça ao homem

A investigação está em andamento, e as imagens de videovigilância, assim como os depoimentos de testemunhas, serão cruciais para identificar e capturar o autor do crime da semana passada. O suspeito fugiu em alta velocidade, dificultando a sua localização imediata pelas autoridades.

Geremias S. Furtado 

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