O Presidente da República, José Maria Neves, defendeu, ontem, segunda-feira, 10, em Santo Antão, a oficialização plena da língua materna no quadro das comemorações dos 50 anos da Independência Nacional. O chefe de Estado disse acreditar que já há condições para a oficialização plena do crioulo, porquanto já existem gramáticas, dicionários e estudos sobre a língua materna.
“Eu acho que devemos trabalhar para, no quadro dos 50 anos da Independência Nacional, oficializar plenamente a língua materna, a única que une os cabo-verdianos”, notou José Maria Neves, que falava durante uma aula magna na Escola Técnica João Varela, no Porto Novo, sobre o percurso político de Cabo Verde.
Recorde-se que o Chefe de Estado está em Santo Antão no âmbito da “Presidência na Ilha”, desde o dia 10 de fevereiro, segunda-feira, e permanecerá na ilha durante uma semana.
Os próprios especialistas entendem que se deve avançar para a oficialização da língua materna, avançou o chefe de Estado, explicando que a própria Constituição da República recomenda a criação de condições para a oficialização plena do crioulo.
“Grande questão” relacionada com as variantes
Porém, coloca-se “a grande questão” relacionada com as variantes, mas no entender de José Maria Neves, existe, actualmente, mais intercâmbios entre as ilhas, o que tem facilitado a integração e a mistura do crioulo.
“De todo o modo, é preciso o consenso entre os partidos políticos”, entende o Presidente da República, para quem se deve trabalhar para que a oficialização plena da língua materna aconteça no quando das comemorações do quinquagésimo aniversário da Independência de Cabo Verde.
José Maria Neves está a realizar “presidência aberta” em Santo Antão, cumprindo hoje o segundo dia visita à ilha, com uma deslocação ao Planalto Norte e ao Tarrafal de Monte Trigo.
C/ Inforpress
