O Presidente da República, disse hoje esperar que tudo se esclareça “a bem da justiça e do bom nome do cidadão Carlos Santos”, que pediu a sua demissão do Governo, após ser constituído arguido por suspeitas de envolvimento num esquema de lavagem de capitais. José Maria Neves, apelou a que se aguarde “com serenidade o andamento do processo em instância própria, sem precipitações ou julgamentos antecipados na praça pública”.
“Tomei conhecimento do pedido de demissão do Senhor Ministro dos Transportes e Turismo, Dr. Carlos Santos, por ser constituído arguido num processo de lavagem de capitais, e das explicações que, na sequência, deu aos órgãos de comunicação social”, escreveu José Marian Neves.
O chefe de Estado desejou que “tudo se esclareça a bem da justiça e do bom nome do cidadão Carlos Santos e aguardemos com serenidade o andamento do processo em instância própria, sem precipitações ou julgamentos antecipados na praça pública”.
Demissão
O Ministro do Turismo e Transportes, Carlos Santos, anunciou esta Quinta-feira, 30, a sua demissão do Governo, após ser constituído arguido por suspeitas de envolvimento num esquema de lavagem de capitais.
Em conferência de imprensa na Cidade da Praia, sem direito a perguntas, Santos manifestou-se “surpreendido e perplexo” com a notificação da Procuradoria da República, que o confrontou com suspeitas relacionadas com uma transação bancária entre 2014 e 2016.
Segundo explicou, aceitou receber 25 mil euros na sua conta em Portugal, a pedido do advogado Amadeu Oliveira, seu amigo de longa data, que não possuía conta bancária no país. O montante, afirmou, era proveniente de honorários e foi devolvido em Cabo Verde conforme combinado.
Santos garantiu ter apresentado provas documentais às autoridades e reforçou a sua inocência, confiando na justiça. No entanto, considerando a gravidade das suspeitas, decidiu colocar o cargo à disposição do Primeiro-Ministro para proteger o seu nome e evitar impacto no Governo.
Geremias S. Furtado