O secretário-geral do Movimento para a Democracia (MpD, partido no poder), colocou o seu cargo à disposição do presidente do partido, defendendo a necessidade de renovação e nova energia. A decisão de Luís Carlos Silva, surge a pouco mais de um mês das eleições autárquicas de 01 de Dezembro último em que o seu partido perdeu a maioria dos municípios do país.
Conforme avança a Inforpress, Luís Carlos Silva explicou que a sua decisão foi tomada com base na “firme convicção de que é fundamental permitir ao partido a liberdade de escolher uma nova liderança para o secretariado-geral”.
“Depois de um processo profundo de reflexão, decidi colocar o cargo de secretário-geral do MpD à disposição do presidente”, anunciou Luís Carlos Silva na noite desta Sexta-feira, 3, na sua página oficial da rede social “facebook”.
O dirigente destacou que considera o momento actual propício para uma renovação na liderança, trazendo “uma nova energia, uma nova visão e elementos” que, eventualmente, não conseguiu aportar durante os dois anos e quatro meses em que desempenhou o cargo.
Luís Carlos Silva aproveitou para agradecer a colaboração de todos os coordenadores concelhios, a equipa da sede e todos os que trabalharam ao seu lado no percurso.
“Juntos, construímos momentos marcantes e trabalhámos sempre com o melhor interesse do MpD e de Cabo Verde no coração”, realçou.
Foco no Parlamento
A partir de agora, o secretário-geral cessante garantiu que o seu foco estará no Parlamento, com uma dedicação particular aos temas da economia, finanças e à cidade da Praia, pela qual nutre “especial paixão”.
Luís Carlos Silva concluiu a declaração reafirmando o seu compromisso de continuar a servir o partido e o país, agora numa nova fase e com novos desafios, agradecendo o apoio e a confiança que recebeu ao longo do seu mandato.
Recorde-se que nas eleições autárquicas de 01 de Dezembro, o MpD perdeu a maioria dos municípios a favor do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV). O partido “ventoinha”, como é também conhecido, já convocou para 11 de Janeiro, uma reunião da sua direcção nacional para analisar os resultados eleitorais e delinear estratégias futuras.
C/Inforpress