O compositor e instrumentista cabo-verdiano Osvaldo Marcos Dias, conhecido no meio artístico por Vaiss, faleceu ontem, sexta-feira, em Lisboa, Portugal, vítima de doença prolongada. Vaiss foi um dos maiores talentos do violão em Cabo Verde, integrante da banda Cesária Évora, inclusive integrou a banda de suporte da diva Cesária Évora durante a tournée do disco “miss perfumado”.
Vaiss nasceu em Santo Antão em 1965, e cresceu em São Vicente. Partiu para Lisboa a convite do artista Bana, onde se radicou e consolidou a sua carreira como guitarrista profissional.
Vaiss atuou com músicos como Bana, Celina Pereira, Ildo Lobo, Nancy Vieira, Biús, Sara Tavares, Caetano Veloso, Custodio Castelo, Dany Silva, Filipe Mukenga, Lura, Paulino Vieira, Rui Veloso, Tito Paris ou no grupo Navegante (que integrou).
Em 2015, Vaiss foi distinguido como melhor produtor musical nos Cabo Verde Music Awards (CVMA) pelo álbum “panu terra”
Mensagens de pesar multiplicam-se
“Adeus, irmão. Cabo Verde perde um grande músico. Se hoje sou o Zé Delgado que os cabo-verdianos conhecem, é graças a ti, que me ensinaste os primeiros acordes na guitarra. Eterna Gratidão, eternas saudades irmão Vaiss” escreveu o artista cabo-verdiano Zé Delgado que relembrou que seu primeiro trabalho discográfico foi gravado por Vaiss.
“Que as nuvens sejam tuas novas plateias, e o infinito, o palco onde tuas notas passeiam. Adeus, meu guitarrista, serás lenda imortal, tua música é eterna, além deste final” escreveu o amigo e artista Humberto Ramos nas redes sociais.
Conforme a mentora da página Orgulho Nacional, era impossível estar ao lado de Vaiss e não sentir a sua luz. Apesar do seu incontestável talento musical, era autenticamente humilde.
O Centro Cultural de Cabo Verde (CCCV), numa mensagem nas redes sociais, descreveu Vaiss como “uma estrela da música cabo-verdiana”.
“Nestes primeiros dias de 2025 o céu reclamou mais uma estrela da música cabo-verdiana, que brilhará junto das outras maiores que já partiram”, lê-se na página.
A Nação
