O Sindicato Nacional da Polícia Nacional (Sinapol) criticou em comunicado a sobrecarga de operações e o atraso no pagamento de serviços extraordinários enfrentados pelos agentes da Polícia Nacional (PN). O sindicato condena a postura do Diretor Nacional Adjunto, que, em declarações recentes na rádio nacional, transmitiu uma “imagem de leveza” sobre as preocupações levantadas pela classe.
No documento chegado hoje à nossa redação, o Sinapol apelou à intervenção do Governo e do Ministério para garantir uma relação mais respeitosa e colaborativa com a Direção Nacional da Polícia.
“É essencial que o Sinapol seja visto como um parceiro e não como subordinado ou inimigo, para podermos continuar a consolidar os ganhos obtidos nos últimos anos”, defendeu o sindicato.
“Exageros” nas exigências aos agentes
Além disso, a instituição pede “bom senso” às lideranças locais e centrais para evitar “exageros” nas exigências aos agentes, como a obrigatoriedade de apresentação imediata para operações, práticas que, segundo o sindicato, desrespeitam os direitos garantidos pela Constituição.
“A legislação oferece aos sindicatos os mecanismos para lutar quando os trabalhadores se sentem prejudicados”, recorda o comunicado.
Direitos ao subsídio de risco e turno
O Sinapol destacou ainda a necessidade de garantir os direitos ao subsídio de risco e turno para todos os agentes, benefícios já atribuídos a outras instituições similares. Apesar de um pedido de audiência de apresentação junto da Direção Nacional ter sido ignorado, o sindicato assegura que continua “seguro e ciente das suas responsabilidades em prol da classe policial”.
No comunicado, o Sinapol reitera o seu compromisso com a segurança pública e apela à disciplina, rigor e comprometimento dos agentes em todas as regiões do país.
“Pedimos a todos os colegas, de Santo Antão à Brava, que mantenham a dedicação à causa policial e a responsabilidade no tratamento das queixas recebidas”.
O Sinapol termina desejando votos de boas festas a todos os agentes e as suas famílias, enfatizando a importância de um clima de segurança pessoal e comunitária.
“O Sinapol não recuará na defesa dos direitos e dignidade dos agentes que representa”, concluiu o sindicato.
Geremias S. Furtado
