Helena Fortes, do MpD, foi eleita, esta Sexta-feira, 27, presidente da Assembleia Municipal de São Vicente enquanto que Adilson Jesus e Odair da Cruz, ambos do PAICV, ficam com os cargos de vice-presidente e secretário, respectivamente. Esta composição inédita é vista como um esforço conjunto para garantir a governabilidade e o desenvolvimento de São Vicente, após vários anos de instabilidade tanto na Câmara como na Assembleia Municipal.
Com 15 votos a favor, nove do MpD e seis do PAICV, e 6 contra da UCID, a nova mesa da Assembleia Municipal de São Vicente foi eleita à primeira tentativa, demonstrando um compromisso de entendimento e cooperação entre o PAICV e o MpD e perspectivando um futuro de diálogo e estabilidade para a ilha.
O Primeiro-Ministro, Ulisses Correia e Siva, que presidiu esta Sexta-feira, 27, a cerimónia de posse dos novos autárquicos eleitos a 1 de Dezembro último, destacou que estas eleições não deram a maioria absoluta a nenhum partido, exigindo assim uma concertação entre as forças políticas para assegurar o funcionamento eficaz do município.
Nova presidente elogia posição do PAICV
A nova presidente da Assembleia Municipal, Helena Fortes, destacou que o PAICV, tal como o MpD, respeitou a decisão do povo. “O PAICV foi um partido que entendeu e está pronto para trabalhar por um São Vicente melhor, lutando por uma democracia”, justificou.
Refira-se que a nova presidente da Assembleia Municipal, Helena Fortes, é conhecida pelo seu trabalho na área da educação e pelo seu compromisso com a transparência e a inclusão social.
Por sua vez, Adilson da Graça de Jesus, do PAICV, que assumiu a função de vice-presidente da Assembleia Municipal, possui uma vasta experiência em administração pública e é um defensor fervoroso dos direitos dos trabalhadores.
Odair da Cruz, também do PAICV, nomeado secretário, é um jovem advogado com uma forte actuação na defesa dos direitos humanos e na promoção da justiça social.
Acordo a despropósito”, diz UCID
Conforme avança a Inforpress, a concertação entre o MpD e o PAICV deixou de fora a UCID, segunda lista mais votada na Assembleia Municipal, que decidiu votar contra a proposta desses dois partidos.
O vice-presidente da UCID e vereador da Câmara Municipal, António Monteiro, disse ter alertado no dia das eleições, a 01 de Dezembro último e que classificou o entendimento entre o MpD e o PAICV como um “acordo a despropósito”. Monteiro garantiu que estava tudo combinado com o PAICV, que, na última da hora, mudou de ideias.
“Ter o PAICV e o MpD numa mesma linha para entendimento para uma situação dessas é de facto `sui generis´”, considerou, assegurando que o seu partido foi chamado para negociações, mas entendeu que “não é assim um poder partilhado, tal como o povo decidiu”.
PAICV alega “postura responsável e focada em São Vicente”
Por seu lado, o recém-nomeado vice-presidente da Assembleia Municipal de São Vicente, Adilson Jesus, assegurou que o seu partido, PAICV, teve uma “postura responsável e focada em São Vicente”.
Explicou que o povo votou maioritariamente no MpD e havia necessidade de se encontrar soluções para a Assembleia Municipal e que agora, sublinhou, devem servir de inspiração para a própria Câmara Municipal a fim de “retirar São Vicente do marasmo”.
Questionado se não foi uma aliança estranha, Adilson Jesus disse que estranho seria “não servir São Vicente e não respeitar a vontade das pessoas”.
C/Inforpress