O Conselho de Administração do Banco Mundial aprovou um empréstimo de 25 milhões de dólares para o Financiamento da Política de Desenvolvimento (DPF) de Cabo Verde, apoiando os esforços do arquipélago para reforçar a consolidação fiscal e o crescimento económico sustentável. A operação DPF consiste em créditos da Associação Internacional de Desenvolvimento (IDA).
Segundo nota avançada à imprensa, a operação é a segunda de uma série de três e baseia-se nos progressos de reformas efetuadas no âmbito da primeira série e está alinhada com o Plano Estratégico de Desenvolvimento Sustentável II (PEDS II) de Cabo Verde.
A operação visa fortalecer a consolidação fiscal do país e impulsionar o crescimento económico sustentável, com foco nas reformas para enfrentar os desafios das crises globais recentes e garantir um desenvolvimento resiliente às mudanças climáticas.
Pilares
O primeiro pilar, “Reforçar a Resiliência Fiscal”, centra-se, como explica a nota, na mobilização de receitas internas, na racionalização dos incentivos fiscais para uma maior eficiência, no reforço da resiliência climática dos investimentos públicos e na adoção de reformas para melhorar o desempenho das empresas públicas.
Já o segundo pilar, “Permitir a adoção de serviços digitais e de energias renováveis”, promove a digitalização e a resiliência climática dos serviços públicos, a concorrência no setor das telecomunicações e o aumento da produção de energias renováveis.
O último pilar, “Reforçar as oportunidades económicas”, centra-se na melhoria da sustentabilidade e da qualidade das pescas, promove a diversificação e a resiliência do setor do turismo e permite uma maior participação económica das mulheres.
Alinhado com os esforços de Cabo Verde
“A economia de Cabo Verde está a emergir bem dos recentes choques. As reformas destinadas a reforçar a resiliência orçamental – através do aumento das receitas e da atenuação de potenciais choques – são fundamentais para esta recuperação, bem como para importantes investimentos na economia azul e verde”, afirmou Anna Carlotta Massingue, Economista Sénior.
O DPF está, segundo o Banco Mundial, “estrategicamente alinhado com os esforços de Cabo Verde” para enfrentar os desafios colocados pelas recentes crises globais e alcançar um desenvolvimento sustentável e resistente ao clima.
“Esta operação sublinha o compromisso do Grupo Banco Mundial em trabalhar lado a lado com Cabo Verde para atingir os seus objetivos de desenvolvimento”, salientou Indira Campos, Representante Residente do Grupo Banco Mundial em Cabo Verde.