O escravo Manuel de Los Rios pertenceu à Diocese de Santiago, explica o historiador cabo-verdiano Padre António Ferreira. Popularmente conhecido como o “Negro Manuel” ou “Escravo Manuel”, foi servo da Virgem de Luján, padroeira da Argentina. Material Dicastério para as Causas dos Santos já foi entregue, o processo agora entra na fase romana de canonização e será também entregue um relatório ao Papa para declarar venerável o Negro Manuel “e assim ocorrerá a beatificação e, se Deus quiser, a canonização.”
Uma história que começa em Cabo Verde onde Manuel de Los Rios foi baptizado e vendido como escravo, como explica o historiador cabo-verdiano Padre António Ferreira.
Escravo Manuel pertenceu à Diocese de Santiago, confirma o historiador, numa inédita história partilhada entre a Argentina e Cabo Verde que começa a preparar uma peregrinação ao Santuário de Luján, na Argentina.
Padroeiro da diáspora
Questionado se Escravo Manuel poderá vir a ser o padroeiro da Diáspora, o Padre Ferreira avança que esta perspectiva já está a ser trabalhada.
Fase romana de canonização
O Arcebispo de Mercedes-Luján na Argentina, Dom Jorge Scheinig, entregou em 27 de novembro de 2024, o material ao Dicastério para as Causas dos Santos. O procedimento abre a fase romana do processo de canonização do servo da Virgem de Luján.
Esse compêndio documental dá conta do testemunho de fé do servo de Deus Manuel Costa de los Ríos, popularmente conhecido como o “Negro Manuel” ou “Escravo Manuel”, servo da Virgem de Luján, padroeira da Argentina.
Processo
O processo foi concluído na sua fase diocesana e agora começa a fase romana.
Uma Comissão já foi criada para trabalhar em parceria com a Comissão Executiva para as Celebrações dos 500 anos da Diocese de Santiago e 30 da Diocese de Mindelo a acontecer em 2033.
Apresentação de relatório ao Papa
Outros passos serão dados até à apresentação de um relatório ao Papa para declarar venerável o Negro Manuel “e assim ocorrerá a beatificação e, se Deus quiser, a canonização”, destacou Dom Jorge Scheinig.
Na entrega do compêndio documental, Monsenhor Scheinig esteve acompanhado pelo Padre Sebastián Terráneo, sacerdote do clero arquidiocesano que actua no Dicastério para a Doutrina da Fé.
C/ Vatican News