A ministra da Saúde pediu, esta sexta-feira, uma postura serena da população enquanto aguardam os resultados dos processos dos casos de falecimento de uma gestante e o desaparecimento do corpo de um bebé no Hospital Universitário Agostinho Neto, na Cidade da Praia.
“Compreendo a dor e angústia das famílias afectadas e também as preocupações dos cabo-verdianos em geral. No entanto, peço a todos que aguardem serenamente os resultados dos processos em curso”, solicitou Filomena Gonçalves, citada pela Inforpress.
A governante falava em conferência de imprensa sobre o sector da saúde e dos casos do alegado desaparecimento do corpo de um bebé e da morte de uma gestante, onde reiterou o compromisso do Governo em agir com transparência, rigor e no estrito cumprimento da lei.
“Os processos estão em curso, têm toda a tramitação prevista nos termos da lei e os prazos também nos termos da lei. As ocorrências tiveram lugar nas estruturas de saúde. As estruturas de saúde, nos termos da lei, ao terminarem toda a tramitação, estarão a encaminhar para o ministério e nós estaremos a agir no estrito quadro legal, dentro da tramitação daquilo que é previsto”, garantiu.
Reacção ao apelo do PR
Filomena Gonçalves reagiu também às declarações do Presidente da República, que na quinta-feira instou as autoridades competentes a realizar uma auditoria global ao Sistema Nacional de Saúde para avaliar o seu desempenho e a qualidade dos serviços prestados aos cabo-verdianos.
“Nós estamos num país em que temos separação de poderes, cada um dos poderes tem as suas responsabilidades previstas no estrito quadro legal, há mecanismos legais de agir e actuar (…) sobretudo dizer que, se um dos órgãos de soberania quiser, de facto, trabalhar para o bem comum do sistema de saúde, estaria a solicitar as informações no quadro legal, estaria a aguardar que se terminassem os processos em curso e a partir daí estaria a se pronunciar”, respondeu Filomena Gonçalves.
Com o momento político que o país atravessa, frisou, é natural que há quem tente aproveitar a situação para lançar suspeitas sobre o trabalho do Governo e dos profissionais de saúde.
A ministra destacou ainda que o Governo não está a agir sob pressão externa, mas em respeito ao compromisso de proteger a dignidade e a vida de cada cidadão.
C/ Inforpress