O Governador do Banco Central de Cabo Verde (BCV), Óscar Santos, assegurou que Cabo Verde vai acompanhar o lançamento da pataca digital em Macau para replicar no arquipélago. O Governador do BCV avançou que a proposta de criação da moeda digital do BCV chega ao parlamento ainda este ano.
Em entrevista à TDM-Rádio Macau, Óscar Santos disse que Cabo Verde está na fase inicial do desenvolvimento da moeda digital e admitiu que o país vai inspirar-se na experiência da Região Administrativa Especial da China.
Óscar garantiu ainda que a nova proposta da lei orgânica que vai ser apresenta ao parlamento ainda este ano, tem a possibilidade de dar ao BCV a competência de passar a emitir a CBDC, que é a moeda digital dos bancos centrais.
Vantagens da moeda digital aos emigrantes
O Governador do BCV exaltou ainda as vantagens que a moeda digital pode trazer aos emigrantes e potenciar o aumento das remessas enviadas ao arquipélago.
“E num país como Cabo Verde que depende muito da emigração, as transferência dos emigrantes tem um peso importante na nossa balança de pagamento e quase 12% do PIB e nós também sabemos todos os custos que estão envolvidos nas remessas e eventualmente uma moeda digital do Banco Central pode ajudar a reduzir esse custo e aumentar ainda mais as remessas”, observou Óscar Santos.
Cabo Verde e Macau renovam protocolo de cooperação
O Chefe do Executivo, Ho Iat Seng, disse na segunda-feira, 23, que o Governo está empenhado em acelerar o lançamento da pataca digital (E-Mop) para responder às necessidades de desenvolvimento da economia.
A Autoridade Monetária de Macau e o Banco de Cabo Verde renovaram esta semana um protocolo de cooperação.
Óscar Santos avançou que uma das áreas que Cabo Verde vai dar uma especial atenção é a desmaterialização dos meios de pagamento.
O Governador do Banco Central de Cabo Verde participou em Macau na 2.ª Conferência dos Governadores dos Bancos Centrais e dos Quadros da Área Financeira entre a China e os Países de Língua Portuguesa.
C/ TDM-Rádio Macau
