Já está oficialmente criada a nova empresa que vai assegurar as ligações aéreas domésticas entre as ilhas de Cabo Verde, designada Linhas Aéreas de Cabo Verde. A empresa é inteiramente detida pelo Estado e tem um capital social inicial de 750 mil contos.
O Ministério do Turismo e Transportes fez o anúncio na sexta-feira, 06.
A nova companhia, segundo a tutela, vem responder à instabilidade de operação da única companhia aérea que vinha prestando serviço no mercado doméstico, assim como aos custos operacionais elevados que tornam o mercado pouco atrativo para privados.
Custos esses, segundo frisou, agravados pela “fragilidade verificada na cadeia de abastecimento de peças sobresselentes e seu consequente encarecimento”.
“Risco” nas operações, sem apoio do Governo
Por outro lado, considera que o mercado nacional é “por agora” exíguo, o que constitui uma condicionante e um risco à sustentabilidade das operações domésticas, sem o apoio do Governo.
“O objetivo da companhia, que se dedicará ao transporte aéreo doméstico de passageiros e carga, é garantir a estabilidade do transporte aéreo inter-ilhas, com regularidade, pontualidade, continuidade e qualidade”, refere o Decreto-Lei n.º 46/2024, de 6 de Setembro, que a institui.
Coesão territorial
Embora o mercado continue aberto a operadores privados, a nova companhia visa “contribuir para a coesão territorial e assegurar os deveres do Estado em garantir a mobilidade interna dos cidadãos.
Da mesma forma, a LACV quer garantir o “normal exercício da atividade económica” e fazer com que serviços essenciais, como os de saúde, “alcancem, em tempo útil, todo o território nacional”.
Facilidade ao turismo
Com esta nova empresa, espera-se ainda que os turistas que visitam o país também tenham acesso mais facilitado a todas as ilhas, promovendo a “diversificação da oferta turística” e incentivando o turismo em todas as ilhas.