As ilhas de Santiago, Fogo e Brava encontram-se em situação de alerta por um período de três meses, devido ao aumento de casos de dengue, declarou. A medida foi anunciada esta quinta-feira, pela ministra Janine Lélis, durante o balanço do Conselho de Ministros.
Janine Lélis sublinhou que o país vem registrando surtos periódicos e que desde Novembro de 2023 já foram notificados mais de dois mil casos confirmados de dengue.
Os casos notificados se distribuem particularmente por essas ilhas, com maior incidência no concelho da Praia, com uma “larga maioria” de casos da doença.
Outros municípios
Segundo a ministra de Estado e ministra da Presidência do Conselho de Ministros, a doença tem afectado também outros municípios de Santiago, nomeadamente Ribeira Grande de Santiago, São Domingos, São Lourenço dos Órgãos, São Salvador do Mundo, Santa Catarina, Santa Cruz e Tarrafal.
“Desde o surgimento dos primeiros casos confirmados foram adotadas medidas de prevenção e resposta pelas autoridades de serviços de saúde competentes. Essas medidas têm vindo a ser continuamente reforçadas, com destaque para a realização de campanhas de sensibilização, com a mobilização de agentes de luta antivetorial e ações de pulverização intradomiciliar”, assegurou Janine Lélis.
Reforço na época das chuvas
No entanto, observou, tendo em consideração o risco potencial do aumento dos casos decorrente das chuvas, é preciso “reforçar o quadro da atuação institucional” para prevenção e combate à propagação da doença.
Destacou, neste caso, que a situação de alerta visa adoptar “medidas especiais, multissetoriais e excepcionais” que não são normalmente mobilizáveis a nível dos municípios.
“Nomeadamente a constituição de uma força tarefa de natureza multissetorial que tem a missão de apoiar as estruturas de saúde no reforço das ações de resposta à emergência de saúde pública. Esta situação de alerta ainda determina a elevação do estado de prontidão das Forças e Serviços de Segurança e de todos os agentes de Proteção Civil”, referiu Janine Lélis.
Atenção de todos
Apelou de igual modo às câmaras municipais e a sociedade a terem “maior foco” em relação às questões que podem contribuir para agravar a situação.
“Os recursos para este plano serão garantidos pela via do Fundo Nacional de Emergência e com vista a garantir o financiamento dessas ações de prevenção e os níveis de resposta a nível da proteção civil”, finalizou.
C/ Inforpress