Chegou ao fim a 32.ª edição do Festival de Praia D’Cruz, que aconteceu este fim de semana, 23 e 24 na Boa Vista. Djodje, Tabanka Jazz, Cesf, Ferro Gaita, Elida Almeida, Deejay Télio, Grace Évora, Beto Dias e muitos outros completaram um cartaz com sonoridades diversificadas e música de qualidade. Este ano a Câmara Municipal da Boa Vista prestou uma homenagem especial a dois ícones da música local, Bonifácio Oliveira “Boni” e Luís Manuel Santos “Black”. Apesar dos atrasos no início dos dois dias do certame, o festival ficou marcado por boas actuações.
Durante a cerimónia realizada no palco do festival, logo no primeiro dia, Boni e Black foram agraciados com uma guitarra e um violino, respectivamente, como reconhecimento pela sua contribuição à cultura musical da ilha.
Na ocasião, conforme informações da Câmara Municipal, o presidente da autarquia, Cláudio Mendonça, fez um apanhado do percurso “impressionante” de Boni e Black e, além dos novos instrumentos, entregou-lhes troféus de mérito pelos seus feitos artísticos.
Em resposta à distinção, os homenageados brindaram o público com actuações memoráveis, deixando todos os presentes encantados e celebrando a rica herança musical que representam.
Artistas e ritmos variados
Além da homenagem, a 32ª Edição do Festival Praia d´Cruz ficou marcada pela presença em palco de vários artistas de renome internacional e artistas e grupos locais que conferiram ao festival uma mescla diversificada de ritmos e sonoridades, que fizeram vibrar sempre o público do princípio ao fim, durante os dois dias, até de manhã.
Djodje, Tabanka Jazz, Cesf, Ferro Gaita, Elida Almeida, Deejay Télio, Grace Évora, Beto Dias, Josslyn, Prego Prego, e muitos outros, completaram um cartaz com sonoridades diversificadas e música de qualidade, ao qual se juntaram também Tchul Back, Coletiv d´Bubista e Starrachod.
De destacar ainda a homenagem aos compositores tradicionais de Boa Vista, através do Projeto Baxom, que proporcionou ao público uma imersão no “Bubista Profundo” com uma seleção de músicas que celebram a rica herança cultural da ilha, um momento muito aplaudido por todos.
A festa foi grande, durante os dois dias, num festival marcado pelo civismo de forma geral.
A autarquia boavistense deu também nota positiva ao festival. Citada pela Inforpress, Nádia Santos, vereadora para a área, destacou o esforço da organização de “extrema confiança, de muito trabalho e cheia de desafios”, mas que resultou em “muita satisfação” pelo resultado obtido.
Segundo a mesma, as informações de que dispõe apontam para um “ambiente tranquilo, sem ocorrências relevantes”, tanto da Polícia Nacional como dos profissionais de Saúde.
Sobre o atraso registado no início do espectáculo, nos dois dias do certame, a vereadora explicou que “obviamente, sempre há situações que saem do controlo”, mas que realmente a organização “trabalhou com afinco, trabalhou fortemente” no sentido de calcular essas situações.
Contudo, as alterações de voos em cima da hora, acabou por atrasar os testes de som e chegadas de artistas na ilha, o que se refletiu no atraso no início dos dois dias do festival.Segundo disse, neste aspecto, a organização vai continuar a trabalhar para corrigir e trazer melhorias na próxima edição. Para o ano há mais.