Chegou ao fim a 40º edição do Festival de Música da Baía das Gatas. Foram quatro dias de festa, com música para todos os gostos e um cartaz de luxo, desde a brasileira Ivete Sangalo, passando pelas Divas, artistas conhecidos do público jovem como TAYC e T-Rex ou aqueles que fazem parte da história do festival como Vlú & Banda. Apesar da paragem forçada pela chuva, o público deu nota “mais do que positiva” aos quatro dias do certame.
A abertura do festival que marcava os 40 anos da “baía” foi feito por ninguém menos que Ivete Sangalo, a cantora brasileira subiu ao palco trajada com as cores de Cabo Verde, com a bandeira cabo-verdiana ao ombro e levou o público ao delírio com um show eletrizante.
A artista afirmou que se sentiu amada e prometeu voltar mais vezes ao país e a São Vicente, deixando mesmo aberta a sua participação no Carnaval do “Brasilim”.
Ainda no primeiro dia, por volta das 02h, o “king of vibe” MC Acondize fez a felicidade dos festivaleiros da baía com sucessos como “É pa pila”.
No segundo dia do festival, sexta, abriu-se o palco com a atuação das Divas, um quarteto composto por Bertânia Almeida, Jennifer Soledade, Diva Barros e Ceuzany.
Atraso no show de Vlú & banda
A chuva acabou por atrasar a entrada do fundador e um dos grandes do festival, Vlú & Banda, que não atuava no festival desde a edição de 2016. O show só viria a ser retomado às 03h, duas horas depois, com “alguns arranjos”.
Devido às chuvas, os shows de Vlu, TAYC e T-Rex ocorreram, mas num formato mais curto, devido a condicionalismos no palco.
O terceiro dia do certame, sábado, teve as atuações de artistas como Dino de Santiago, Djodje, Richie Campbell, Dieg Ricky Boy, Arybeatz e CESF.
A terceira noite do certame foi iniciada pelo colectivo de Lisbon Street com vozes de Derick Salomão, Riza Sanches, Duda Teixeira, Gai Dias, Carla Lima, Rui d’Bitina, Carmen Silva, Edson Oliveira, Calú Moreira e Nhone Lima.
“Um dos melhores públicos”
Dino subiu ao palco por volta das 02:40 e não deixou “nada a desejar” ao público sanvicentino, “um dos melhores públicos” na opinião do artista.
O certame seguiu com a atuação de Richie Campbell que, com um “show” electrizante, de “reggae”, “dancehall” e “RnB” e mais tarde, às 07 da manhã, subia ao palco o “menino prodígio” Djodje levando o público ao delírio no areal.
Regresso de Dénis Graça
Dénis Graça, o “Mussim d´Soncente”, no regresso ao baía garantiu ser um homem feliz por ter sido um dos escolhidos para o cartaz dos 40 anos do “Baía das Gatas”, e por estar com o público da sua ilha natal que considera “único”, mesmo depois de já ter passado por vários palcos do mundo.
No último dia do certame, domingo, o conjunto Kings abriu o palco, conjunto que, inclusive, participou na primeira edição do Festival da Baía das Gatas, no dia 18 de Agosto de 1984 e tiveram como convidado de honra, nesta edição, Dudu Araújo.
Ainda no domingo atuaram a dupla Marízia do Rosário/Johnny Ramos, Harry Dibola, Francky Vincent, Phil Control, Jamice, o reggae-man Romain Virgo e o angolano C4 Pedro.
Elji Beatzkilla, quando já passava das 07h, deu por terminado a edição dos 40 anos do Festival da Baía das Gatas e em plena segunda-feira conseguiu manter o público à sua espera e não dececionou.
Edição entra para a história
O presidente da Câmara Municipal de São Vicente, Augusto Neves, considerou que a edição que marcou os 40 anos do festival da Baía das Gatas “entra na história”, mas reconheceu que há um problema com atrasos por resolver.
O público também deu nota “muito positiva” ao festival, apesar dos atrasos e da chuva.
O Festival de Música da Baía das Gatas, que este ano pela primeira vez se estendeu por quatro dias, teve a sua primeira edição no dia 18 de Agosto de 1984.
A Câmara Municipal de São Vicente, que organiza o certame, reserva uma verba no orçamento municipal para fazer face às despesas com a logística, viagens e cachê de artistas de Cabo Verde e do estrangeiro, mas “o grosso do montante” para suportar o evento, de acordo com a autarquia, provém de patrocínios de empresas e outras instituições.
C/ Inforpress