Stevão Brito Silva, 37 anos, natural da localidade de Povoação Velha, tem no artesanato uma actividade alternativa ao seu trabalho como taxista, mas também uma forma de preservar traços da cultura local da sua ilha natal.
Através da sua marca, “Arte Baratá”, Stevão faz trabalhos em cestaria, peças decorativas e chapéus de palha, a partir de fibras vegetais.
Mais do que fazer artesanato, o seu trabalho é uma forma de preservar a cultura local, numa época em que, segundo diz, entre os mais novos poucos se interessam pela conservação da cultura e continuidade do artesanato.
Hoje em dia é um artesão profissional, reconhecido com o Cartão Nacional do Artesão, atribuído pelo Ministério da Cultura e Indústrias Criativas, tendo já participado, em Mindelo, na Feira de Artesanato e Design de Cabo Verde – URDI.
Mesmo assim, diz que em Cabo Verde é difícil viver somente do artesanato, o que faz com que praticamente todos os artesãos tenham uma outra forma de rendimento.
No seu caso, já trabalhou como cameraman da Televisão de Cabo Verde e actualmente é taxista, o que o tem deixado cada vez menos tempo para se dedicar à arte.
Uma das peças de destaque produzidas por este “cabrer” artesão é o Balaio de Ervatão, muito conhecido na ilha pelas diversas funções que desempenhava, entre as quais a apanha de “Putona”, a primeira erva a nascer na ilha após as chuvas, especialmente em terrenos de areia.
