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Ambiente

Economia azul de Cabo Verde deve se combinada com outros recursos naturais além do mar – Director-geral da FAO 

Qu Dongyu, director-geral da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) considerou que Cabo Verde deve-se focar na nova geração para criar novos consumidores e aliar a economia azul a outras estratégias para crescer.

Conforme avança a Inforpress, Qu Dongyu, que falava na tarde de sábado, 27, durante o diálogo sobre economia azul, no Centro Oceanográfico do Mindelo, depois de conhecer as políticas e estratégias de Cabo Verde sobre a área apresentadas pelo director Nacional das Pescas e Aquacultura, Carlos Monteiro, pelo presidente do Instituto do Mar, Albertino Martins, e o desenvolvimento do projecto Nortuna, pelo promotor Luís Rodrigues.

Para o director-geral da FAO, as ilhas têm muitas potencialidades, mas também muitos desafios para ultrapassar.

Qu Dongyu disse ter observado que o cabo-verdiano é um povo “resiliente, teimoso, persistente e determinado”, algo que classificou como um “ponto positivo” tendo em conta que ao longo dos anos o país tenta mudar a “visão tradicional” que se tem da agricultura.

Mas, frisou, é tempo de mudar porque a nova geração é mais exigente e está mais internacionalizada.

Pelo que, considerou que Cabo Verde deve pensar sobre o que os jovens estão mais propensos a consumir e focar nisso para criar novos consumidores porque a demanda é que determina as ofertas.

“Sementes de qualidade”

Qu Dongyu também encorajou os ministros do Mar e da Agricultura e Ambiente a convidar cientistas que olhem para o país de formas diferentes, a discutir ideias de desenvolvimento que não sejam apenas a área da economia azul.

Isto porque, explicou, “a economia azul é importante, mas ela deve ser combinada com outras estratégias e recursos naturais além do mar”.

Entre outros conselhos, o responsável máximo da FAO também instou o ministro do Ambiente a apoiar os agricultores cabo-verdianos com sementes de qualidade, defendendo que desta forma poderão melhorar a produção em mais de 60 a 70 por cento. (%).

Qu Dongyu assegurou que a FAO está disponível e continuará a ser parceira de Cabo Verde, mas defendeu que o país deve “transformar as suas desvantagens em oportunidades” e apostar em políticas e estratégias a longo prazo de forma a atrair investidores tanto na área de economia azul como em outras áreas de desenvolvimento.

“Mudar mentalidade”

Por sua vez, o ministro do Mar, Abraão Vicente, disse que Cabo Verde, como um jovem país, tem sempre muito que aprender para mudar a mentalidade e transformar as oportunidades em vantagem económica e ser competitivo.

Segundo o ministro, este é o espírito que o Governo tem estado a tentar implementar e a transmitir às populações e aos jovens empresários e que consiste em “perceber aquilo que o país faz de melhor e tirar vantagens competitivas” não só na área da economia azul mas em todos os demais sectores”.

O governante frisou ainda que Cabo Verde abraçou os Objectivos do Desenvolvimento Sustentável e o Governo está a trabalhar cada um dos sectores e cada um dos itens para cumprir e também transformar as ilhas.

C/Inforpress

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