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Cultura

Cabo Verde está de luto: Morreu Totinho, fiel saxofonista de Cesária Évora

O saxofonista Totinho, faleceu nesta Terça-feira, 02 de Julho, após uma indisposição súbita. Fiel saxofonista de Cesária Évora, viajou pelos quatro cantos do mundo junto com a “Diva dos pés descalços”, a partir de 1997 até a data do falecimento da cantora.

Nascido na cidade da Praia em 1964, no bairro de Achadinha.Totinho, conhecido pelo seu talento indelével e presença marcante em concertos nacionais e internacionais, encantou audiências com o seu saxofone nos maiores palcos do mundo. Foi um fiel saxofonista de Cesária Évora e viajou pelos quatro cantos do mundo junto com a “Diva dos pés descalços”, a partir de 1997 até a data do falecimento da cantora.

“Dito isto, a identificação é imediata. Não haverá quem tenha assistido a um espectáculo de Cesária Évora que não guarde também na memória o saxofonista que, para além de uma enorme cumplicidade com a cantora, provava em cada palco ser dono de um talento inesgotável”.

Homenagens de amigos e admiradores

Nas redes sociais, diversas personalidades, entre elas, o Presidente da República, José Maria Neves, o pdrodutos Djô da Silva, a comunidade musical e fãs lamentam a perda, expressam as suas condolências e lembram com carinho os momentos inesquecíveis proporcionados por Totinho em seus concertos.

“O último sopro de Totinho. Acaba de partir para a eternidade. Descanse em paz, caro amigo. Até sempre!”, escreveu o Presidente da República, José Maria Neves.

 O produtor José da Silva, conhecido como Djô da Silva, figura emblemática na música cabo-verdiana e manager de Cesária Évora, também já lamentou a morte do saxofonista.

“Acabamos de perder um dos maiores saxofonistas de Cabo Verde Totinho, músico da Cesária Évora durante vinte anos. Pessoa de grande valor moral e musical. Que a sua alma descanse em paz”.

Primeiros contactos com a música 

Como contou o própio Totinho, os seus primeiros contactos com a música surgiu nas latas velhas, e depois começou a aprender tocar flauta. Aos 16 anos tornou-se aluno de saxofone na escola dirigida por Clarinete, cujos ensinamentos e influência o acompanhariam para sempre.

Já acompanhou músicos como Zeca de Nha Reinalda ou Abel Djassi. Em 1990 foi convidado a integrar “Tubarões”. Ao longo da sua vida, participou em vários álbuns entre os quais “Café Atlântico” (1999), “Nha Sentimento” (2009), e em trabalhos de Ildo Lobo, Fantcha, Teófilo Chantre, Tó Alves, Lura, Neusa. Também já acompanhou em concertos ao vivo, Mayra Andrade, Tito Paris, Tcheka, Mirri Lobo, Nancy Vieira e Bonga. Em 2002, com produção da Lusáfrica, edita o primeiro trabalho a solo, “Sentimental”.

Após o passamento de Cesária Évora, Totinho decide retomar a carreira a solo e lança, numa edição independente, o albúm “Nha Homenagem” (2012), produzido nos Estados Unidos por Djim Job e Kalu Monteiro.

Legado duradouro

Totinho deixa um legado duradouro na música cabo-verdiana. Sua carreira, marcada pela inovação e pelo profundo respeito às raízes culturais, é um testemunho do poder da música para unir e inspirar. Totinho será lembrado não apenas pela sua habilidade técnica, mas também pela sua paixão e dedicação à arte de fazer música.

Geremias S. Furtado

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