Enquadrado nas comemorações do Cinquentenário de Libertação de Presos Políticos do Campo de Concentração do Tarrafal, o Presidente da República de Cabo Verde, José Maria Neves e o de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, visitam hoje, 30, pelas 17h35, a exposição “50 Anos de Abril – Antes e Depois”, uma iniciativa da sociedade civil, no Arquivo Histórico Nacional, na cidade da Praia.
Momentos antes, os dois Chefes de Estado farão uma visita à Feira do Livro, no largo do Auditório e da Biblioteca Nacional.
Já amanhã, dia 1 de Maio, o palco central das comemorações é o Campo de Concentração do Tarrafal, em Chão Bom e inclui a sessão especial na qual participam os Chefes de Estado de Cabo Verde, José Maria Neves, Portugal, de Marcelo Rebelo de Sousa, e da Guiné-Bissau, Umáro Embalé Sissocko, bem como uma representação do Presidente de Angola.
De relembrar que os Chefes de Estados chegam a Cabo Verde amanhã, 1, às 10h30, com honras militares.
Placa comemorativa e Conferência
Durante a sessão, será realizado o descerramento da Placa comemorativa da efeméride, seguido da Conferência “Campo de Concentração do Tarrafal: Genealogia Histórica, Modelos de Repressão e Memórias Transnacionais de Resistência”, que terá como conferencista o Prof. Doutor Victor Barros.
Pelas 15h os Presidentes das Repúblicas de Cabo Verde, Portugal, Guiné-Bissau e a representação de Angola participam numa visita guiada ao Campo de Concentração do Tarrafal.
Concerto da Liberdade
O encerramento das comemorações do Cinquentenário de Libertação de Presos Políticos do Campo de Concentração do Tarrafal acontece às 17h, com a realização do Concerto da Liberdade.
O Concerto terá a participação de artistas dos quatro países que tiveram cidadãos presos no Tarrafal, Mário Lúcio em representação de Cabo Verde, Teresa Salgueiro (Portugal), Paulo Flores (Angola) e Karyna Gomes (Guiné-Bissau), com entrada livre.
De acordo com uma nota de imprensa do Governo, a celebração dos 50 anos da Libertação dos Presos Políticos do Tarrafal, no espaço que hoje alberga o Museu, “é um ato de preservação da memória e um contributo para a educação das gerações mais recentes sobre os horrores do passado colonial”.
“O Museu do Campo de Tarrafal é um testemunho vivo das lutas e conquistas do povo cabo-verdiano, de todos aqueles que ali estiveram presos e que resistiram à opressão e lutaram por justiça” lê-se ainda na nota.
As comemorações representam, segundo a mesma fonte, o apoio da Presidência da República à candidatura do Museu do Tarrafal a Património da Humanidade da Unesco.