PUB

Cultura

SCM e músicos orgulhosos com a elevação do Funaná ao Património Nacional

O Funaná é Património Cultural Imaterial Nacional, a partir de agora, uma homenagem aos guardiões e “grandes nomes” deste género musical cabo-verdiano. A sua elevação foi comunicada pelo Governo, através do Ministério da Cultura e das Indústrias Criativas (MCIC), tendo-se regozijado a Sociedade Cabo-verdiana de Música (SCM) e os músicos. Ambos esperam agora o reconhecimento mundial do Funaná.

“Funaná é classificado como Património Cultural Imaterial, por ser um género profundamente enraizado na cultura tradicional do povo cabo-verdiano”, anunciou na quarta-feira,10, o MCIC através de uma portaria de 09 de Abril.

A Sociedade Cabo-verdiana de Música (SCM) considera essa classificação “grandiosa” tendo em conta o seu contributo para o reconhecimento do histórico desse género musical, que faz parte das tradições e tem elevado a cultura cabo-verdiana para o mundo.

Preservar do Funaná para as futuras gerações

Em nota de imprensa a SCM avançou ainda que esta medida visa garantir a preservação do Funaná para as futuras gerações, promovendo a sua valorização e divulgação.

 “Com a classificação do Funaná como Património Cultural Imaterial Nacional teremos um impacto positivo na cultura e na economia de Cabo Verde, no sentido em que a medida poderá impulsionar o turismo cultural, fomentar a pesquisa e a produção artística, e fortalecer o sentimento de identidade nacional”, refere a mesma nota.

Músicos esperam reconhecimento mundial

Também os músicos do género funaná Iduino Ferro Gaita e Kim di Santiago expressaram esta quinta-feira,11, o orgulho pela elevação do funaná a património nacional, perspectivando que esse género tradicional também seja reconhecido mundialmente.

De salientar que segundo o Ministério da Cultura e das Indústrias Criativas, a classificação do funaná resulta de um “amplo trabalho” técnico de documentação, inventariação, proposta de protecção legal por via da classificação e várias ações de variada natureza, que perspectivam, por via da elaboração de um plano de salvaguarda, a viabilidade, transmissão e perpetuação do elemento enquanto património imaterial.

Funaná, símbolo identitário

O MCIC reconhece o funaná como um dos géneros musicais tradicionais genuinamente cabo-verdiano, provavelmente, do final do século XIX e início do século XX, símbolo identitário, que o vincula a tradição e as vivências tradicionais do cabo-verdiano, tanto na sua melodia, poesia ou na dança.

Homenagem aos “guardiões”

A sua elevação ao Património Cultural Imaterial Nacional configura, segundo a mesma fonte,  uma homenagem aos “guardiões” dessa prática, aos “grandes nomes” do funaná, como Toti Lopi, Antão Barreto, Caetaninho, Sema Lopi, Djubensu Mendes, Manito, Nhonhô Duarte e Codé di Dona, entre vários outros que ao longo de várias gerações tem permitido a sua perpectuação e transmissão.

Conforme o Ministério da Cultura, esta iniciativa pretende, também, ser um estímulo à nova geração para a continuidade da tradição.

PUB

PUB

PUB

To Top