Cabo Verde atingiu finalmente a meta de 1 milhão de turistas, que vinha sendo perspectivada desde antes da pandemia da covid-19, em 2019. O ano passado, o país foi visitado por 1.010.739 milhões de turistas, com a ilha do Sal a absorver 57,1% das entradas, consolidando o seu posicionamento habitual enquanto destino de eleição da maioria dos turistas. Os ingleses, que procuram o sol e as praias de Cabo Verde, são aqueles que mais nos visitam.
Os dados avançados esta quarta-feira pelo Instituto Nacional de Estatísticas (INE) relativamente à movimentação de hospedes no país, mostram que em 2023 os estabelecimentos hoteleiros do arquipélago acolheram 1.010.739 hóspedes, equivalentes a 5.150.806 dormidas, traduzindo em aumentos de 20,9% (foram 785.272 hóspedes em 2022) e 26,0% (foram 4.088.412 dormidas em 2022), respectivamente.
Se atentarmos a análise do INE, face ao ano de 2019 (período pré-pandemia da covid-19), podemos concluir que se registou um crescimento de 23,4% no número de hóspedes, passando de 819.308 para 1.010.739 hóspedes, em 2023. Também comparativamente com o ano de 2019 (pré-pandemia da covid-19), o número de dormidas sofre um acréscimo, ainda que residual, de 0,7%, passando de 5.117.403 para 5.150.806, em 2023.
Crescimento sucessivo em 2023
De notar que os dados do INE mostram a tendênMais de 1 milhão de turistas visitaram Cabo Verde em 2023 cccccc Cabo Verde atingiu finalmente a meta de 1 milhão de turistas, que vinha sendo perspectivada desde antes da pandemia da covid-19, em 2019. O ano passado, o país foi visitado por 1.010.739 milhões de turistas, com a ilha do Sal a absorver 57,1% das entradas, consolidando o seu posicionamento habitual enquanto destino de eleição da maioria dos turistas. Os ingleses, que procuram o sol e as praias de Cabo Verde, são aqueles que mais nos visitam. Gisela Coelho cia crescente pelo destino turístico Cabo Verde, em todos os trimestres de 2023, verificando-se acréscimos nos hóspedes e nas dormidas face aos números de 2022. A excepção é o trimestre Julho/Agosto/ Setembro, que segundo os dados mostram um decréscimo registado no número de hóspedes.
Mas, na contramão pela positiva esteve o quarto trimestre de Outubro a Dezembro onde se deu o maior pico de acolhimento de turistas no país. Neste período que coincidiu com a chamada época alta de Natal e fim do ano, Cabo Verde recebeu 347.173 hóspedes, números que contribuíram para atingir o mais de 1 milhão de turistas em 2023.
Nas dormidas, os números do INE atestam que o comportamento foi semelhante, pois o maior pico de dormidas verificou-se no quarto trimestre de 2023, com 1.454.897 dormidas.
A análise por tipo de estabelecimentos revela que os hotéis continuam a ser os estabelecimentos hoteleiros mais procurados pelos turistas que nos visitam, representando 93,5% do total das entradas. Seguem-se as residenciais (3,2%), as pensões (1,7%) e os hotéis apartamentos (0,7%) com a proporção das entradas mais significativas.
Relativamente às dormidas, os hotéis também dominam e representaram 96,5% em 2023, seguidos das residências com 1,4%, das pensões com 1,1% e dos hotéis apartamentos com apenas 0,5%.
Sal continua a dominar mas perde terreno
A ilha do Sal continuou a ter maior acolhimento em 2023, enquanto destino de eleição da maioria dos visitantes do país, com 57,1% do total das entradas nos estabelecimentos hoteleiros nacionais, ainda que contraste com os 61,8% que tinha registado em 2022.
A seguir ao Sal, Boa Vista continua a liderar a segunda posição na estrutura das ilhas mais procuradas com 25,9%, do total do acolhimento, seguida da ilha de Santiago com 9,4% e São Vicente com 3,8%. As restantes ilhas tiveram um peso de apenas 3,9% das entradas.
De notar que numa análise por país de residência habitual dos hóspedes, os residentes em Cabo Verde originaram 4,8% das entradas e 2,5% das dormidas.
Em 2023, o principal mercado emissor de turistas continuou a ser o Reino Unido, com 26,8% do total das entradas nos estabelecimentos hoteleiros, seguido da Alemanha (11,4%), Países Baixos (Bélgica+Holanda, 10,3%), Portugal (9,8%), França (7,5%), Itália (3,9%) e Polónia (3,8%). Os outros países agregados representaram 21,8% do total das entradas nos estabelecimentos hoteleiros, no ano de 2023.
Como já demos conta em edições anteriores, as perspectivas para 2024 são animadores para muitos operadores, especialmente no que toca aos destinos de sol e mar, como Sal e Boa Vista que não dependem directamente de voos internos inter-ilhas para receber turistas, ao contrário de destinos como Fogo e São Nicolau, que estão mais dependentes. Os constrangimentos verificados neste primeiro trimestre de 2024 nos voos aéreos inter-ilhas não são favoráveis à diversificação do turismo a outras ilhas, como já foi referenciado pelas agências de viagens e turismo no país.
