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Economia

Venda da participação da CGD no BCA: iibGroup lamenta não ter sido escolhido, mas continuará a reforçar operação em Cabo Verde

O iibGroup lamentou esta sexta-feira,15, em comunicado, não ter sido a empresa escolhida para a venda da participação detida pelo Grupo Caixa Geral de Depósitos – CGD no Banco Comercial do Atlântico – BCA – em Cabo Verde, mas reafirmou que vai continuar a reforçar a operação no arquipélago.

Isto, na sequência da resolução ontem aprovada em Conselho de Ministros, em Portugal, relativa à venda de 59,81% do capital social do Banco Comercial do Atlântico, S. A. (BCA),

“O iibGroup lamenta não ter sido a opção escolhida, mas reafirma o seu compromisso para com a comunidade de Cabo Verde. Através do iibCV, o grupo tem vindo a construir uma operação sólida e reconhecida, contribuindo ativamente para o desenvolvimento do país e da economia local, apoiando as pessoas e as empresas e envolvendo-se com a comunidade através de uma forte política de responsabilidade social”, afirma a empresa.

O iibGroup avança ainda que se mantém “atento” a novas oportunidades que possam surgir nesta e noutras geografias e que “continuará a reforçar a sua operação em Cabo Verde, por acreditar no seu potencial para ser um verdadeiro centro de negócios da África Ocidental”.

O processo

Recorde-se que a participação da CGD no BCA foi vendida por 70 milhões de euros à Coris Holding, depois do Governo português ter aprovado a venda de 59,81% da participação CGD no BCA à Coris Holding, com sede no Burkina Faso.

A resolução que foi aprovada em Conselho de Ministros seleciona a Coris em detrimento do IIBGroup Holdings, sediado no Bahrein, e do ganês First Atlantic Bank, conforme aprova a minuta do acordo de venda direta, citada pelo Jornal de Negócios.

O negócio foi fechado por um valor equivalente, à taxa de câmbio atual, a 70,5 milhões de euros, avançou o banco público em comunicado enviado minutos depois à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

CGD ganha 16 milhões

“Caso se venha a confirmar o preço global, este deverá gerar mais-valias da ordem dos 15,795 milhões de euros”, acrescentou a instituição financeira. “Quanto ao impacto no capital da CGD, a alienação deverá resultar num aumento superior a 38 pontos base no rácio de solvabilidade, resultantes da conjugação da mais-valia gerada e da diminuição dos ativos ponderados pelo risco”, lê-se no documento.

A operação estava planeada desde 2019 mas atrasou-se devido à pandemia.

A participação do banco público português no BCA está repartida numa posição direta, de 54,41%, e de 5,4% detidos indiretamente, através do Banco Interatlântico.

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