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Cultura

São Vicente: Mandingas cumpriram tradição do “enterro do Carnaval”

Os mandingas de Ribeira Bote e Fonte Filipe fizeram vibrar, ontem, milhares de mindelenses no já tradicional desfile de “enterro do Carnaval”, que começou às 15h, durou mais de cinco horas e terminou noite adentro.

Os dois grupos de mandingas reuniram-se à frente do Mercado da Ribeirinha e partiram rumo a zonas como Fonte Inês e Cruz João Évora já com bom número de seguidores.

O manto negro avançou de seguida pela zona de Madeiralzinho, carregando consigo os caixões que representam a morte do Carnaval, mas, este ano, como novidade, também trouxeram mais de um caixão simbolizando a morte da Liga Independente dos Grupos Oficiais do Carnaval – São Vicente (LIGOC-SV) e dos júris, que, com os resultados do concurso oficial de 2024, suscitaram várias polémicas.

Críticas à LIGOC-SV

A crítica foi feita até com guiso e com os carregadores desses caixões a vociferarem que a LIGOC-SV e os júris “acabaram com o Carnaval de São Vicente” depois de terem até declarado empate entre quatro participantes, que concorriam para o prémio de Melhor Rainha de Bateria.

E é esta despedida da festa do Rei Momo que se repete a cada ano e que agora, em 2024, movimentou um enorme número de mindelenses, que após percorrer outras zonas como Chã de Alecrim e Avenida Marginal, desembocou na praia do Cais de Alfândega, onde foram “enterrados” no mar os caixões, por volta das 20:15.

Com este final, a cidade do Mindelo volta a apaziguar-se, lamentando as saudades dos desfiles de mandingas que agora só regressam em 2025, trazendo de novo todo o “alvoroço de sabura”, mas, também oportunidades de negócios para os pequenos empreendedores, que vendem todo o tipo de comes e bebes nesse meio, para saciar a fome e a sede dos festeiros.

C/ Inforpress

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