A Air Macau está a contratar pilotos dos países africanos de língua portuguesa, em particular de Cabo Verde. Sabe o A NAÇÃO que vários desses pilotos são da companhia BestFly Cabo Verde by TICV e inclusive está previsto chegarem a Macau na próxima semana.
Conforme avança o site da TDM-Rádio Macau, nos últimos meses, foram contratados pelo menos cinco pilotos cabo-verdianos. Mais serão ainda contratados durante este ano, segundo informação confirmada pela Air Macau à Rádio.
Conforme a mesma fonte, os pilotos contratados passam primeiro por uma formação de três meses em Pequim antes de começarem a trabalhar em Macau.
Só no último ano foram contratados 30 pilotos, ao abrigo do programa local de formação de pilotos, mas também da Europa, América do Sul, África e Sudoeste Asiático.
A contratação de mais pilotos visa responder às necessidades da empresa que vai receber em Março o primeiro avião de médio e longo curso.
BestFly Cabo Verde by TICV pode ter os dias contados
Recorde-se que não é de hoje que os pilotos da BestFly Cabo Verde by TICV têm mostrado total descontentamento com a única companhia que opera os voos inter-ilhas em Cabo Verde, devido a inúmeros constrangimentos de gestão de recursos humanos e gestão operacional. A voar só com um aparelho, devido a inúmeras avarias relacionadas com peças, a companhia é constantemente alvo de críticas de operadores de turismo e agências de viagens, passageiros e comerciantes, que vêm seus negócios afectados devido às avarias.
Só nos últimos dias, em menos de uma semana, o aparelho já ficou em terra duas vezes, obrigando ao cancelamento de vários voos.
De recordar que, conforme o A NAÇÃO avançou ontem na sua edição 859, a BestFly Cabo Verde by TICV pode estar com dias contados.
O Estado de Cabo Verde deve assumir o controlo de gestão da TICV (Transportes Interilhas de Cabo Verde) para evitar o descalabro nas ligações domésticas. A paciência do Governo, em relação aos incumprimentos e falta de capacidade do parceiro angolano da Besflay para voos regulares e seguros, terá chegado ao fim.
Isto tendo em conta que a sociedade civil tem exigido soluções urgentes para as ligações interilhas aéreas, uma vez que a única companhia a operar não satisfaz as necessidades, prejudicando a economia das ilhas.