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Santiago

Tarrafal: Mulher queima braço de sobrinha em panela a ferver após desentendimento entre primas

Uma mulher de cerca de 30 anos da localidade de Trás dos Montes, no Tarrafal de Santiago, está a aguardar pelo julgamento em prisão preventiva na Cadeia Central da Praia, após ter sido detida e apresentada, na segunda-feira,5, ao juiz por acusações de ter queimado o braço de uma sobrinha de 10 anos, numa panela ao lume, por ter uma briga com a sua filha de quatro anos. 

Segundo relatos de vizinhos, o caso remonta a Dezembro passado, quando a menina de quatro anos procurou a mãe para contar que a prima de 10 anos a havia agredido. A reacção da mãe, Djennifer Nunes, surpreendeu a todos: pegou na sobrinha, filha do seu irmão, que está em Portugal, e a submeteu a uma punição extrema. A criança teve o braço imerso, por algum tempo, numa panela de feijão que estava cozer sobre o fogo.  

“Foi grave. Ela não colocou o braço e o tirou no momento. Colocou e ainda segurou durante algum tempo para que a menina senti-se dor. Muita crueldade para com uma criança”, contou, revoltado, um vizinho, morador de Trás dos Montes. 

Na altura, o caso, denunciado publicamente pela mãe da vítima, que também se encontra em Portugal, rapidamente se espalhou pela localidade de Trás dos Montes, chocando os moradores e, também, internautas que fizeram um grande alarido sobre o assunto nas redes sociais.  

Atuação da Polícia 

Entretanto, só na semana passada, a Polícia Nacional terminou as diligências, confirmando a veracidade dos factos, tendo a suposta agressora sido detida e apresentada ao Tribunal, onde lhe foi decretada prisão preventiva como medida de coação penal.

A vítima, gravemente ferida, foi encaminhada ao hospital do Tarrafal. No entanto, devido à gravidade das queimaduras, foi evacuada para o Hospital Regional de Santiago Norte, Santa Rita Vieira e, posteriormente, transferida para o Hospital Universitário Dr. Agostinho Neto, na cidade da Praia, onde passou por uma cirurgia.

Até o momento, relatam as nossas fontes, a criança não recebeu alta hospitalar devido à gravidade dos ferimentos tendo, inclusive, passado por várias cirurgias e correndo risco de ficar sem o braço. Enquanto isso, a filha da suposta agressora ficou aos cuidados de uma prima de 19 anos. 

 

Geremias S.Furtado

Publicada na edição semanal do jornal A NAÇÃO, nº 858, de 08 de Fevereiro de 2024

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