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5ªAPOSTILHA PEDAGÓGICA: LIBIDO SCIENDI

Por: Francisco Fragoso*

Com efeito, na verdade:

§Se o elo/vínculo entre desejo de conhecer (Libido sciendi) e desejo 

erótico (Libido sentiendi) se encontra-se já sugerido nas Escrituras, 

e se tornando explícito, a partir do Renascimento, eis que desempenha, 

então, por conseguinte, um papel crucial na configuração da Ciência 

moderna!§

Afigura-se, então necessário, narrar a história desta relação entre o

 erudito (“être désirant”), e a MULHER, IMAGEM da NATUREZA — seguindo

 a sua evolução na literatura, entretanto, outrossim na arte e no cinema! 

É sempre, aliás, o desejo que incita o erudito/sábio a querer conhecer: 

seja inventor de máquinas amorosas, eunuco da ciência, (reinando no 

Harém de Vénus anatómicos), ou homem com o escalpelo, em busca de 

cobaias consentidoras, para os devidos efeitos!

OH! SIM:

§Desejo erótico, desejo de poder outrossim, visto que a Mulher

permanece indesejada neste círculo do saber!§

Sim, efetivamente,

numa época, em que a Natureza jamais assume as despesas do nosso modo

 de vida & existência e, em que, por seu turno, o silicone injetável na parte genuinamente Bela, consigna o devir dos factos & Eventos humanos:

Destarte,

 o arrazoado, ora expendido, mostra, seguramente (sem deixar lugar para dúvidas) que a Investigação científica não possui como única fonte:

o projeto de  conhecimento racional!

Ela possui outrossim e, ainda: um vero quinhão (específico)

vinculado,

intimamente, a uma história do desejo e do sentimento!

DIXI!

 

*Médico & Humanista

Lisboa, 01 Outubro 2023

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