Participaram da Cimeira o Presidente do Grupo Banco Africano de Desenvolvimento (BAD), Akinwumi Adesina, mais 25 líderes africanos e funcionários da União Europeia.
A cimeira, que teve lugar numa altura em que a Itália assume a presidência do G7, este mês, e algumas semanas antes da 37ª Assembleia Ordinária da União Africana, em Adis Abeba, foi um encontro em que a Primeira-Ministra italiana, Georgia Meloni, apelou a uma nova parceria italiana com África.
A líder italiana anunciou várias iniciativas destinadas a reforçar os laços económicos e a criar um polo energético para a Europa, reduzindo simultaneamente a emigração africana para a Europa.
“Não se pode pensar no futuro sem África”
“Acreditamos que é possível vislumbrar e escrever um novo capítulo na história das nossas relações, uma cooperação entre iguais, longe de qualquer imposição predatória ou atitude caritativa em relação a África. Existe uma inclinação natural para que a Itália seja uma ponte entre a África e a Europa. O mundo inteiro não pode pensar no futuro sem África” afirmou Meloni.
O líder do Grupo Banco Africano de Desenvolvimento sublinhou a resiliência económica de África, observando que, apesar dos ventos contrários económicos globais, das alterações climáticas, conflitos e uma pandemia de saúde, o continente manteve-se forte, com um crescimento real do PIB de 4,1% em 2022, superior à média global de 3,5% para o mesmo período.
O líder do Grupo Banco elogiou o governo italiano pelo Mecanismo de Financiamento do Processo de Roma, que disponibilizará 100 milhões de euros (90% dos quais em condições concessionais) para apoiar as infraestruturas em África, especialmente as energias renováveis, os projetos de eficiência energética, a água e o saneamento e as iniciativas agrícolas, bem como a formação profissional e a criação de emprego. Saudou o “Plano Mattei para África”, da Itália, reconhecendo que deu prioridade à segurança energética.
C/ African Development Bank Group (AfDB)