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Sociedade

Dia Internacional do Braille: Adevic deseja que o braille seja incluído no currículo do ensino superior

O Presidente da Associação dos Deficientes Visuais de Cabo Verde (Adevic), Marciano Monteiro, manifestou o desejo do braille ser incluído no currículo do ensino superior, sobretudo, para os que enveredam pela área da educação, como forma de aumentar a aprendizagem do braille a nível do país.

Marciano Monteiro falava à Inforpress no âmbito do Dia Internacional do Braille, que hoje se assinala, tendo apontado como principais constrangimentos do ensino do braille a falta de recursos, ou seja, de materiais específicos que normalmente são encomendados de fora por não existirem no mercado nacional.

Outra questão apontada por Monteiro tem sido na área da formação a nível do braille para colmatar o “grande défice” de técnicos qualificados para responder às demandas a nível do país, de modo que apelou que o ensino do braille seja incluído no próprio currículo das universidades.

“Porque infelizmente não temos recursos e quem pode nos dar o melhor suporte é o próprio Governo”, disse, apelando para que o braille seja incluído, sobretudo para os que enveredam para a área da educação e mesmo para as pessoas que vão para outras áreas, e que não têm deficiência visual, como forma de contemplar o maior número de pessoas cegas e também de facilitar o atendimento público.

O presidente da Associação dos Deficientes Visuais de Cabo Verde (Adevic) destacou a importância do braille no atendimento público, enfatizando sua relevância como meio de comunicação. Reconheceu os desafios enfrentados, mas expressou confiança na superação dessas dificuldades com determinação.

Aprendizagem do braille exige materiais e recursos humanos

A Adevic tem buscado financiamento por meio de projetos, contando com o apoio financeiro da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias para a compra de materiais utilizados por estudantes com deficiência visual. No entanto, o presidente lamentou a necessidade de mais recursos para ampliar o alcance da organização para outras ilhas, como São Vicente, Sal e São Nicolau.

“No nosso centro temos três professores, mas a nível geral o Ministério da Educação também tem estado a ministrar formações de curta duração, mas isso ainda é muito pouco por aquilo que o braille exige e não garante a resposta cabal”, afirmou.

A Adevic reiterou sua abertura à sociedade, convidando aqueles interessados na aprendizagem do braille a se envolverem, enfatizando que a inclusão deve ocorrer de dentro para fora e de fora para dentro.

Complemento do braille

O presidente deixou uma mensagem especial para jovens e crianças com deficiência visual, incentivando-os a se dedicarem ao ensino do braille com serenidade, destacando que, embora as novas tecnologias sejam uma valência adicional, não substituem, mas complementam o braille.

O Dia Mundial do Braille, que celebra o nascimento de Louis Braille, criador do sistema, foi marcado por apelos à valorização e aprendizagem contínua desse método crucial para a integração de pessoas com deficiência visual na sociedade.

C/ Inforpress

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