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Cultura

Mário Lúcio celebra os 60 anos de vida com um tour mundial de 60 concertos

Um dos maiores e mais reconhecidos artistas cabo-verdianos, Mário Lúcio, inicia a 10 de janeiro em Tarrafal de Santiago, sua terra natal, um tour mundial de voz e violão, com 60 concertos ao redor do globo. Em Cabo Verde serão realizados ainda os concertos no Auditório Nacional na cidade da Praia, no dia 18 e dois concertos no Centro Cultural do Mindelo, em São Vicente, nos dias 26 e 27 de janeiro.

A digressão, designada de ML60, passará ainda pela Europa, América Latina, Estados Unidos, Austrália, Macau e num ambiente intimista de voz e violão com convidados de honra como Mirri Lobo, Zeca Nha Reinalda, Djavan, Gilberto Gil, Milton Nascimento, Paulinho da Viola (Brasil), Pablo Milanes (Cuba), Luís Represas, Maria João, Teresa Salgueiro (Portugal), Youssou Ndour (Senegal), Araceli Poma (Peru), Thérése Slimane (Palestina), Tinkara (Eslovênia), Tosca (Itália), Zulu Gospel Choir (África do Sul).

“Para celebrar essa efeméride, preparei um conceito e um concerto especial, Voz e Violão, que reúne as minhas composições mais conhecidas e algumas inéditas que retratam o meu percurso. Quero estar rodeado de pessoas que me têm acompanhado desde a infância, dos meus amigos, da minha família, e contar-lhes algumas histórias de canções e episódios marcantes da minha vida”, diz Mário Lúcio.

Compositor reconhecido

Mário Lúcio está entre os compositores com o maior número de canções gravadas na música cabo-verdiana, cerca de trezentas, interpretadas por vozes expressivas do Simentera, Cesária Évora, Lura, Nancy Vieira, Mayra Andrade, Teté Alhinho, Lucibela, Jennifer Soledad.

Na história recente da música cabo-verdiana, Mário Lúcio sempre teve um papel enriquecedor, desde o grupo “Abel Djassi”, nos anos oitenta, do Simentera, nos anos noventa, à sua carreira a solo a partir de 2002, trabalhando as músicas rurais das várias ilhas, a Morna, a Coladeira, o Funaná, com aquele seu estilo inconfundível.

O último álbum de Mário Lúcio, “Migrantes”, é uma homenagem à grande epopeia do ser humano: o fenómeno das migrações. Segundo ele, “é graças às migrações que hoje somos tão diversos, porque ousamos ir mais longe, adaptar-nos, misturar-nos. 2024, centenário de Amílcar Cabral, Mário Lúcio completa 60 anos e continua a ser um testemunho da rica herança cultural de Cabo Verde e da sua ressonância global.

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