A ilha do Sal notou um aumento de situações alérgicas provocadas pela bruma seca que atinge várias ilhas do país, nos últimos dias. As elevadas partículas inaláveis no ar têm causado este aumento, pelo que as autoridades de saúde sugerem o uso de máscaras para prevenir problemas respiratórios.
Considerando o fenómeno natural que assola o arquipélago, neste momento, José Rui Moreira, Delegado de Saúde da ilha do Sal, aconselha as pessoas a terem os devidos cuidados, como o uso de máscara, para uma maior proteção, já que a persistente bruma seca vem acompanhada de elevados níveis de partículas inaláveis.
“Nem todas as poeiras ou brumas secas são iguais. As partículas no ar, em função da sensibilidade das pessoas podem irritar as vias respiratórias, vulnerabilizar, provocando infecções prejudiciais, viroses ou bacterianas”, acautelou.
Aspectos agravantes
José Rui Moreira explicou que na sua composição o nevoeiro é formado pela condensação de vapor de água, em associação com a poeira, fumaça e alguns poluentes, o que “agrava a situação” e dá um aspecto acinzentado ao ar, chamado também de nevoeiro físico-químico.
E, estando numa época mais fresca, acrescentou, o processo alérgico poderá desenvolver-se, vulnerabilizando as pessoas muito mais, por sobreposição de infecção por vírus, ou uma sobre infecção por bactérias.
Sem motivos para preocupação
Embora a bruma seca, conforme disse, tenha provocado o aumento de processos alérgicos nas pessoas, principalmente nas mais sensíveis ou com problemas respiratórios, não se verifica, entretanto, uma afluência aos serviços de saúde por causa disso.
“A atravessar, antes, um momento de infecção respiratória, sobretudo em crianças, mas a situação é calma em termos de afluência ao hospital. Nesse momento, o processo alérgico tem provocado mais tosse nas pessoas, rinites alérgicas (…), mas não há motivo para preocupações”, reiterou o médico.
“A bruma seca não levou mais pessoas ao hospital, porque a sintomatologia que provoca não é de grande preocupação”, concretizou.
c/Inforpress