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São Vicente

Nova maternidade de São Vicente deve estar pronta em dois anos

A ilha de São Vicente terá, dentro de dois anos, uma nova maternidade resultante da cooperação com a China e que irá “melhorar, de forma significativa”, o serviço nacional de saúde, conforme assegurou, o primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva. O lançamento simbólico e corte de fita teve lugar esta sexta-feira.

Trata-se do início de “um grande projecto” que irá “melhorar de forma significativa” o serviço nacional de saúde, em São Vicente e para a região norte, disse o governante.

A Maternidade/Pediatria do Hospital Baptista de Sousa, que deverá estar pronta em dois anos, vai beneficiar mulheres, crianças e melhorar o trabalho dos profissionais de saúde, para além de criar uma “oferta de grande qualidade”.

Parceria com a China

Ulisses Correia e Silva ressaltou a “boa parceria” que tem havido com a República Popular da China em termos de serviços prestados por profissionais de saúde daquele país e por quem, garantiu, “Cabo Verde tem alta consideração”.

“Esperamos que essa grande obra seja mais uma pedra muito forte no reforço da cooperação da China, particularmente no sector da saúde, que é o sector fundamental para o desenvolvimento de qualquer país”, sublinhou.

O embaixador da China em Cabo Verde, Xu Jei, por seu lado, indicou que a obra é mais um exemplo do aprofundamento da amizade entre os dois países.

“A implementação deste projecto melhorará as condições médicas e ajudará a reduzir a mortalidade neo-natal e materna e transformará o Hospital Baptista de Sousa num centro de referência na especialidade da obstetrícia nas ilhas do Barlavento”, assegurou.

“Reivindicação natural” 

Já para a presidente do conselho de administração do HBS, Helena Rebelo, a nova maternidade e pediatria constituem “uma ambição estratégica relevante e uma reivindicação institucional natural”.

“Surge como resposta às crescentes pressões na área da saúde, em fase de uma sociedade cada vez mais exigente e com necessidades de resposta em clara mudança, nomeadamente por fenómenos associados ao envelhecimento e às doenças crónicas mas, fundamentalmente, constituída por uma grande fatia de população jovem”, reforçou.

1.2 milhões de contos

A obra resulta da cooperação entre os governos de Cabo Verde e da China, e a construção engloba um edifício com cerca de 5.550 metros quadrados e equipamentos médicos essenciais.

O investimento total é de aproximadamente 1.2 milhões de contos cabo-verdianos, financiados pelo Governo da China.

O projecto abrange uma estrutura de três andares e uma cave, com capacidade para 125 camas e serviços múltiplos, incluindo urgências de maternidade e pediatria, unidade de cuidados intensivos neonatal, ginecologia, obstetrícia, entre outros.

Inclui ainda equipamentos modernos para o bloco operatório, suporte ao parto, anestesiologia, ventilação mecânica, monitorização, entre outros.

C/ Inforpress

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