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Talento

Assol Garcia em “Ecos de mim”

“Ecos de mim”, segundo trabalho musical da cabo-verdia-na Assol Garcia, está disponível, desde ontem, em todas as plataformasdigitais. O álbum contém 17 faixas, sendo 13 inéditas, uma viagem pela Morna, Coladeira, Talaia Baxu, entre outros ritmos que fazem a carreira artística da jovem foguense residente nos Estados Unidos. O disco traz um inédito do brasileiro Alceu Valença, autor de “Anunciação”.

Natural da ilha do Fogo, residente nos Estados Unidos da América (EUA) há vários anos, Assol Garcia lançou ontem o seu segundo trabalho discográfico intitulado “Ecos de Mim”.

Como revelou ao A NAÇÃO, este novo disco envolve vários outros produtores, além de Quim Alves, seu “braço direito” desde “Alma de Minino”, seu primeiro álbum lançado em 2015.

Como diz, por ser um “trabalho feito com alma”, o novo disco não merecia outro nome senão “Ecos de mim”. Além de Quim Alves, Assol contou também com as colaborações de Toy Vieira, Kaku Alves, Kalu Monteiro e Djim Job.

“Contamos neste novo trabalho, com 17 faixas musicais, sendo 13 inéditos e restantes regravados com novas roupagens. Por exemplo, ‘Caxon ka tem cofre’, de Quim Alves, vem agora num arranjo diferente, num dueto com Charly Duri, cantor latino”, conta.

“Tudo de mim” 

Dentre outras novidades, Assol Garcia revela que traz neste novo disco uma canção inédita de Alceu Valença, um dos grandes nomes da música brasileira, autor, entre outros sucessos, de “Anunciação” e “Manga rosa”.

E, sem sair do tradicional, “Ecos de Mim” reúne ainda um napie de compositores “de primeira linha”, como Betú, Júlio Correia, Princezito, Teófilo Chantre, Alberto Alves, Kim Alves, Augusto Cego, entre outros. O disco foi gravado entre EUA, Cabo Verde, França e Holanda.

Oito anos sem disco, mas “de muito trabalho”

 “Ecos de mim” chega agora ao público, oito anos após “Alma di Minino”, primeiro álbum de Assol Garcia, lançado em 2015. “Foram oito anos sem disco mas de muito trabalho, apesar das restrições por causa da pandemia”, refere a nossa entrevistada que ao longo desses anos publicou vários singles. 

Há três anos, lançou “Amor ki Bira dor”, canção de sua autoria que antecedeu “Rapsódias de Mornas II”, gravado há dois anos. Antes, tinha lançado “Sima kretceu” (Janeiro de 2016), “Beju furtado” (Março de 2016), entre outros.

Em Fevereiro de 2022 lançou “Fomi 47”, um original de Codé di Dona, antes interpretado por Zeca Nha Reinalda. Em Agosto deste ano lançou “Kaxon Ka ten Kofri” de Quim Alves num dueto com Charly Duri. “Cores do Amor” seu single mais recente, foi lançado no dia 1 de setembro deste ano.

“Ao longo desses anos, lancei singles da minha autoria, criei o projecto ‘Mornas e Memórias’ e participei no disco ‘Assol Garcia Kanta Djabraba’ organizado pela Fundação Ami Djabraba”, refere.

Primeiro lançamento de “Ecos de mim” em Luxemburgo 

Apesar de residir há muitos anos nos EUA, Assol Garcia diz que a promoção de “Ecos de mim” arranca no Luxemburgo onde já tem o lançamento agendado para 20 de Janeiro de 2024. “Depois seguirei para outras paragens entre as quais, Cabo Verde”, revela.

Assol Garcia diz que brevemente estará em Cabo Verde, não para promover o álbum, mas para participar da “Morna Fest 2023” que acontece entre 02 e 16 de Dezembro, nas ilhas de São Nicolau, Fogo, Brava, Santiago e São Vicente.

Cantar Cabo Verde com alma

Com “Ecos de mim”, que chega hoje às plataformas digitais, Assol Garcia espera receber muito carinho do público, garantindo que continua a cantar Cabo Verde “com muita alma prezando muito pela música tradicional”.

“Por acaso, tenho recebido feedback positivo do público sobre os trabalhos lançados até agora. Há pessoas que me contaram que depois que se divorciaram ouviram muito a música da minha autoria que denominei ‘Amor ki bira dor’, uma história verídica que resolvi colocar na música”.

“Música é isso… ligação, conexão e alma. Quando cantamos com amor, o objectivo é tocar as pessoas. É muito bom também saber que crianças gostam de ouvir as minhas músicas. Outros contam-me que os seus bebés conseguem dormir só com as mornas que canto. Isso toca-me profundamente, encoraja-me e dá-me forças para persistir na luta e jornada”, termina.

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