O país tem, desde ontem, 6, 21 novas crianças embaixadoras dos direitos dos menores e dos direitos humanos. Juntamente com Daniela Garcia, a primeira embaixadora destacada, vão reforçar a educação de pares e garantir o direito à participação.
Para Lourença Tavares, presidente da Acrides, ao empossar 21 novas crianças como embaixadoras dos seus direitos, a associação cumpre, uma vez mais, o artigo 12 da Convenção dos Direitos das Crianças, que é o direito à participação.
“Tendo crianças com competências e capacidades em ajudar, em contribuir, em ter opiniões próprias, nada como começarmos a preparar o nosso futuro com as crianças, porque são crianças hoje e amanhã serão homens e mulheres a governarem o país”, realçou.
Conforme adiantou, são crianças de várias escolas da cidade da Praia, que deram a cara em todas as campanhas da Acrides e que contribuíram com as recomendações para a declaração que a associação levou para a 40ª sessão preparatória do relatório periódico em Genebra.
Multiplicar consciencialização
“Portanto, são crianças com condições, com espírito, e nós queremos isso. Queremos crianças humildes, queremos crianças que têm a noção do perigo e queremos crianças que também têm a noção da partilha, do valor do outro…o eu e o outro”, explicou.
A presidente da Acrides adiantou que esses novos embaixadores, provenientes na sua maioria da Escola do Lavadouro, vão durante o ano serem capacitados para serem multiplicadores de pares, tendo em conta os vários problemas sociais que afectam as crianças.
Foco no uso da internet
O tema de destaque vai ser o uso da Internet. Lourença Tavares adiantou que o objectivo é que as crianças tenham noção do limite de coisas que poderão usar e fazer para elas próprias.
“Portanto, serão a porta-voz de recomendações, de orientações, de conselhos aos colegas. Vão ter acções de sensibilização, acções que as ajudem na competência do saber ser, estar e agir enquanto pessoa. Prepará-las por etapa, o desenvolvimento integral e harmonioso para serem verdadeiros e bons adultos”, disse.
A cerimónia de empossamento foi presidida pelo primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, que realçou o facto deste acto acontecer no mês em que se celebram os 75 anos da declaração de direitos humanos.
C/Inforpress