A emigrante foguense, Benilde “Elisabeth” Montrond, 36 anos, que residia nos Estados Unidos da América e que se encontrava de férias em Cabo Verde, perdeu ontem a vida no mar da praia de Fajã d´Água, na ilha Brava, quando tentava salvar uma filha. A notícia desta tragédia está a gerar uma onda de consternação entre a comunidade foguense que descreve Elisabeth como uma “mãe guerreira”. A malograda deixa quatro filhos.
Acabou em tragédia as férias de Elisabeth que acabou por perder a vida no mar, quando tentava salvar a vida de uma filha que foi surpreendida e arrastada por uma onda.
Conforme avança a agência cabo-verdiana de notícias, Elisabeth conseguiu salvar a filha que se estava afogar, mas devido à forte correnteza acabou por se afogar e perder a vida.
“Estávamos numa escada perto da praia e de repente veio uma onda que arrastou a menina levando-a para o mar, onde começou a se afogar. Logo Benilda também caiu na água e conseguiu salvar a filha, mas a mesma não conseguiu subir na pedra porque foi arrastada pela correnteza”, avançou uma fonte citada pela mesma agência de notícias.
De acordo com a mesma fonte, ainda tentaram procurar ajuda, mas devido à agitação do mar, ninguém se atreveu a entrar na água para tentar salvar a malograda.
Corpo transladado para o Fogo onde será dado à terra
Natural de São Filipe, Fogo, Benilda Montrond, residia nos Estados Unidos e encontrava-se de férias em Cabo Verde, tendo deixado quatro filhos menores.
Em declarações à comunicação social, o delegado de Saúde da Brava, Hélder Pires, salientou que às 14:30 foram comunicados através da Protecção Civil local, para o levantamento de um cadáver do sexo feminino que tinha se afogado na praia de Fajã d´Água.
“Chegando no local encontramos um cadáver, cuja identificação é uma mulher aparentemente na casa de uns trinta e tal anos, de cor clara. Trouxemos o corpo para a delegacia onde fizemos uma inspecção um pouco mais detalhada e por dados tanatológicos do cadáver, constatamos que a causa da morte foi o afogamento”, informou.
Nesta situação, uma vez que a vítima é natural da ilha do Fogo e estava de passeio na ilha Brava, o delegado informou que já deu por encerrado o processo de trasladação e que a guarda costeira vai encarregar de transportar o corpo que será sepultado na ilha do Fogo.
Comunidade foguense de luto
Na página da rede social Facebook da “Komunidade foguense” são inúmeras as mensagens de pesar e “tristeza” pelo passamento repentino desta mãe emigrante, que está a deixar toda a gente consternada.
“Uma mãe guerreira, corajosa, que será lembrada para sempre”, pode-se ler na página da comunidade, que enaltece a coragem dessa mãe que perdeu a própria vida ao salvar a filha.
