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Política

Cabo Verde quer se candidatar ao Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas no biênio 2025-2027

Cabo Verde quer se candidatar ao Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas no biênio 2025-2027. A declaração foi feita nesta terça-feira, em Genebra, Suíça, pela ministra da Justiça, Joana Rosa, durante a 44ª Sessão da Revisão Periódica Universal do órgão.

Na apresentação da situação de Cabo Verde, a ministra da Justiça, Joana Rosa, invocou o histórico nacional em relação ao tema como argumento para integrar o órgão de 47 Estados-membros.

Joana Rosa começou por sublinhar que, não obstante os fracos recursos financeiros do arquipélago, a questão dos Direitos Humanos têm tido “atenção especial” por parte do Governo do país.

A governante afirmou que “não tem poupado esforços para criar as condições para reforçar o sistema de promoção e proteção dos direitos humanos” nos diferentes quadrantes da vida social dos cabo-verdianos.

“Temos conseguido ganhos assinaláveis e somos reconhecidos pela nossa boa governança, uma oportunidade que aproveitamos para agradecer a todos os parceiros de Cabo Verde neste domínio. É nesta ótica que pretendemos apresentar a nossa candidatura a membro do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas para o período 2025-2027” afirmou a ministra da Justiça.

A representante cabo-verdiana listou reformas do sistema judicial, que incluem um novo mecanismo para a prevenção da tortura, apreciação do código para cumprimento de sanções criminais e regras de Mandela sobre boas práticas prisionais.

Logo após a intervenção da ministra, um total de 79 países se pronunciaram na reunião. A adoção do relatório será na sexta-feira, 10 de novembro.

Comunidade internacional reconhece esforços de Cabo Verde

Entre os progressos do país, os países destacaram esforços de Cabo Verde para promover a igualdade de gênero, com a criação de um plano nacional para a igualdade de gêneros.

Houve ainda menção ao combate aos estereótipos, à violência de gênero e à implementação de projetos em favor da participação feminina.

O país foi aclamado pelo novo mecanismo de direitos humanos e a ratificação de uma série de protocolos internacionais de direitos humanos, incluindo sobre o desaparecimento forçado, os direitos da criança e a um emprego digno e justo.

As intervenções enfatizaram reformas do sistema judicial, da administração policial e do Estado de Direito, além de questões como redução da pobreza extrema e novos sistemas de proteção social, inclusive nas zonas rurais de Cabo Verde.

Recomendações ao arquipélago

As recomendações dos países destacaram a atuação na proteção e no bem-estar infantil aumentando a idade mínima para casamento para 18 anos, protegendo as crianças da exploração sexual e reforçando o sistema educacional e de acesso às escolas.

Além disso, Cabo Verde foi aconselhado a melhorar a proteção dos grupos vulneráveis, incluindo a ratificação das convenções sobre apátridas e refugiados.

Outra sugestão é que Cabo Verde reforce a Comissão Nacional de Direitos Humanos e Cidadania, para que esteja em linha com os Princípios de Paris.

O acordo inclui padrões para as instituições nacionais de direitos humanos.

C/Onu News

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