Na celebração do Dia da Defesa Nacional e do Dia Internacional para a Prevenção da Exploração do Meio Ambiente em Tempos de Guerra e Conflito Armado, o Presidente da República de Cabo Verde, José Maria Neves, reafirmou o compromisso da nação cabo-verdiana com a defesa e a preservação, enaltecendo a união dos cabo-verdianos em torno dos “grandes desígnios nacionais”.
JMN começou por recordar a significativa mobilização de 2009 contra a epidemia de dengue, destacando a união do povo cabo-verdiano em tempos de crise e exortou a comunidade internacional a proteger as vítimas, sobretudo, crianças e mulheres, das guerras, nestes “dias sombrios” que o mundo vive e ao maior compromisso com a proteção ambiental.
“Dez anos depois, o país enfrentou e venceu a pandemia da Covid-19, mas agora enfrenta desafios contínuos, incluindo habitação, saúde, saneamento, seca, inflação e precariedade nas ligações interilhas” apontou, entretanto.
O Chefe de Estado enfatizou a necessidade da sociedade permanecer unida, contando também com o apoio da diáspora, para proteger Cabo Verde. Expressou gratidão pelo engajamento constante dos cabo-verdianos em todas as lutas em defesa da nação.
“O mundo vive dias sombrios”
Em um contexto global sombrio, José Maria Neves apontou episódios de “completo desprezo pela vida, especialmente de mulheres e crianças”.
“Hoje o mundo vive dias sombrios, incertos e repletos de riscos, ocorrendo episódios graves e reveladores de completo desprezo pela vida, principalmente de mulheres e crianças, e por tudo o que elas simbolizam em termos de esperança e de existência da espécie humana” lamentou JMN.
Destacando a defesa dos Direitos Humanos, o presidente instou à reflexão sobre o impacto nefasto da guerra nos ecossistemas e nos recursos naturais, afetando principalmente mulheres e crianças.
Como “Champion” da União Africana para a Preservação do Patrimônio Natural e Cultural, José Maria Neves, fez um apelo veemente para um maior enfoque internacional na proteção ambiental e na boa governança dos recursos naturais.
Ressaltou, ainda, que esses são os alicerces para o desenvolvimento sustentável, alinhado com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da “Agenda 2030 das Nações Unidas e a visão da África Que Queremos”, da Agenda 2063 da União Africana.
Tiago Ribeiro