O ministro dos Transportes, Carlos Santos, garantiu esta sexta-feira,3, que a transportadora aérea de Cabo Verde TACV/CVA não irá regressar ao modelo de realização dos voos domésticos e que a rota Praia-Sal prevê somente a rentabilização da operação.
Carlos Santos fez esta afirmação em declaração à Inforpress tendo lembrado que o Governo, desde o início, definiu que a TACV deveria apostar apenas nos voos internacionais e que isso está plasmado no plano de negócios.
“Muito recentemente, houve uma informação, mas que rapidamente a administração já fez uma justificação e uma comunicação à imprensa, dizendo claramente que a TACV não vai regressar aos voos internos”, explicou.
Aproveitar voos inter-ilhas em deslocações internacionais
No entanto, referiu que “vai sim, em parceria com outros operadores, aproveitar os voos que possam fazer inter-ilhas devido a deslocações internacionais”.
O ministro dos Transportes realçou que a TACV vai “fazer este aproveitamento e a rentabilização desses voos que são feitos devido a deslocações a outros destinos”, tendo se congratulado com a retoma das rotas para três destinos europeus, nomeadamente Portugal, França e Itália.
TACV e Icelandair
Recorde-se que em Março de 2019, o Estado de Cabo Verde vendeu 51% da TACV por 1,3 milhões de euros à Lofleidir Cabo Verde, empresa detida em 70% pela Loftleidir Icelandic EHF (grupo Icelandair, que ficou com 36% da Cabo Verde Airlines) e em 30% por empresários islandeses com experiência no sector da aviação (que assumiram os restantes 15% da quota de 51% privatizada).
Entretanto, na sequência da paralisação da companhia durante a pandemia de covid-19, o Estado assumiu em 06 de Julho de 2021 a posição de 51% na TACV, alegando vários incumprimentos na gestão a cargo dos investidores islandeses e dissolveu de imediato os corpos sociais.
Desde Dezembro de 2021 que a empresa retomou a ligação Praia-Lisboa, alargadas em 2022 da capital portuguesa também às ilhas do Sal e de São Vicente.