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Saúde

Médicos e enfermeiros em greve nacional de 15 a 17 de Novembro

Os médicos e enfermeiros de todas as estruturas públicas de saúde de Cabo Verde já entregaram esta terça-feira,31, um pré – aviso de greve na Inspecção Geral do Trabalho e Ministério da Saúde. Sem verem as suas pendências resolvidas, depois do último encontro entre os sindicatos e a tutela, os trabalhadores da saúde decidiram avançar assim com uma greve entre 15 e 17 de Novembro, de 72 horas, conforme já tinham ameaçado antes.

Depois de falharem todas as vias de negociação e devido ao “arrastar” das suas “pendências” laborais, os profissionais da saúde afectos aos sete sindicatos que representam o sector (SINTAP, SINTCAP, SLTSA, SISCAP, SICOTAP, SINMEDCV e SINDEF) decidiram colocar em prática a ameaça de greve que tinham feito há algumas semanas e que dava o prazo de até 25 de Outubro para verem as reivindicações satisfeitas. 

No pré-aviso de greve entregue hoje, terça-feira,31, na Inspeção Geral do Trabalho, e Ministério da Saúde, assinado pelo colectivo dos sete sindicatos, a que o A NAÇÃO teve acesso, os trabalhadores mostraram-se “revoltados e descontentes”, face ao arrastar das pendências laborais, há vários anos.

Ministério não assume compromissos

Os profissionais da saúde lamentam a “não assunção” por parte do Ministério da Saúde de nenhum compromisso com os sindicatos, no sentido de se resolver algumas das reivindicações constantes do caderno reivindicativo, no decorrer de 2024 próximo.

Face a isso, conforme avança o referido documento, os trabalhadores decidiram incumbir os sindicatos e entregar um pré-aviso de greve ao Ministério da Saúde.
A greve é extensível aos funcionários e profissionais de saúde públicos, nas estruturas de saúde das ilhas de São Vicente, Sal, Santo Antão, Santiago, São Nicolau, Maio, Fogo e Brava, e irá decorrer nos dias 15, 16 e 17 de Novembro, por um período de 72 horas.

A greve tem início às 8 horas da manhã do dia 15 de novembro, quarta-feira, e o término está previsto para as 8 horas da manhã do dia 18 de novembro, sábado.

Reivindicações exigidas 

Conforme argumentam, o objetivo dessa greve visa exigir do Ministério da Saúde o cumprimento de várias pendências, entre elas, a revisão do salário base do PAO de acordo com a especificidade da atividade profissional;o aumento das remunerações acessórias (horas extraordinárias) do PAO; criação de um subsídio de risco para o PAO; revisão da tabela salarial da Carreira Médica; publicação do regulamento da carreira médica e implementação do descanso semanal para os profissionais em regime de turno conforme a lei em vigor.

Igualmente, exigem a integração dos médicos especialistas na carreira, como tal; revisão da tabela salarial da carreira de enfermagem; regulamentação da carreira de enfermagem; criação da carreira dos Técnicos de Saúde, Gestão e Sistema e publicação do PCCS do INSP, com efeito a partir de 2024.

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