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Sociedade

Edema agudo pulmonar e obesidade apontados como causa da morte de Davidson Barros

O relatório da autópsia ao corpo do recruta Davidson Barros, falecido na madrugada do passado dia 14, indicou como causa principal da morte um Edema Agudo Pulmonar e como causa básica a obesidade. A doença não foi identificada no momento da inspecção militar.

Conforme consta do Relatório de Autópsia Médico-Legal, realizada pela Delegacia de Saúde de São Vicente, com data de 23 de Outubro e dada hoje a conhecer pelas Forças Armadas, a causa principal da morte do recruta foi “edema agudo pulmonar”, tendo como causa intermédia (funcional) uma “falha ventricular esquerda” e “miocardiopatia dilatada” e, ainda, como causa básica, a “Obesidade”.

Cinco paragens cardiorespiratórias

Explica as FA que, após a realização de um exercício de campo, na etapa final de uma marcha administrativa ocorrida no dia 12 do corrente mês de Outubro, no percurso Galé – Morro Branco, o Recruta Davidson da Silva Barros sentiu-se maldisposto, apresentando um quadro clínico caracterizado por mal-estar geral, seguido de desmaio, tendo sido, após avaliação médica, in loco, por parte do médico militar de serviço, transportado para o Banco de Urgência do Hospital Baptista de Sousa, onde deu entrada por volta das 17 horas e 25 minutos, em estado inanimado.

Por volta das 01 hora e 30 minutos, através do Comando da Primeira Região Militar, foi recebida a informação do agravamento do quadro clínico do referido recruta, marcado por paragens cardiorrespiratórias, tendo o mesmo sido dado como óbito às 02 horas do dia 13/10/2023, após o quinto episódio de paragens cardiorrespiratórias.

Doença não foi detectada na inspecção militar

Conforme explicou o director do Serviço de Saúde das Forças Armadas, Fernando Tavares, citado pela Inforpress, durante o processo de inspecçao e avaliação de recrutas antes de entrarem nas fileiras das Forças Armadas são feitos um conjunto de procedimentos para avaliação do estado de saúde dos mesmos e identificação de alguma doença.

No caso de Davidson, disse a mesma fonte, “não foi identificada nenhuma patologia” que o considerasse inapto para prestar serviço militar.

“De acordo com o relatório, a patologia que o recruta tinha é uma doença que se manifesta de forma progressiva. No momento de inspeção não foi constatado nos exames físico, interrogatório e pelo próprio indivíduo sobre o seu estado e se estes três elementos não constarem durante o processo de inspecção é considerado como apto”, concretizou.

Quanto à questão da obesidade, esclareceu que a tabela das FA em vigor até hoje permite o recrutamento de cidadãos pertencentes a classe de grau 1 e que a obesidade nível 1, 2, inclusive 3, não tem contra-indicação e nenhum elemento clínico para o recruta ser considerado inapto para prestar serviço militar.

“Quando o recruta está no nível 1 de obesidade a primeira conduta a ser tomada é a reeducação dietética, que é para controlar o que come e o segundo é a prática de actividades físicas e o recruta estava a participar numa caminhada administrativa. E durante o processo de inspecção”, declarou.

Inquérito em andamento

A instituição recorda ainda que, assim como anunciado anteriormente, o Estado-Maior determinou a realização de um Inquérito que tem por objetivo verificar toda e qualquer circunstância que tenha estado na origem ou contribuído para a morte do Recruta Davidson Barros, cujas conclusões serão socializadas para esclarecimento da família e do publico em geral.

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