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Política

PAICV exorta o Governo a declarar estado de calamidade para São Filipe e Brava

O Partido Africano para a Independência de Cabo Verde (PAICV) exortou hoje o Governo a declarar o estado de calamidade a favor dos municípios de São Filipe e da Brava, após avultados danos causados pelas chuvas.

Em conferência de imprensa, o membro do Conselho Nacional do PAICV, Luís Pires, destacou que a cidade de São Filipe ficou numa profunda lástima com obras a irem parar, literalmente, ao mar, após as chuvas, assim como a ilha Brava, que teve a comunidade de Fajã de Água isolada.

“Tendo em consideração a extensão dos estragos, o PAICV exorta ao Governo a declarar estado de calamidade para São Filipe e Brava e a acionar, tão breve quanto possível, o fundo de emergência”, pediu o deputado nacional e ex-autarca de São Filipe.

Plano de emergência

Segundo a mesma fonte, faz-se necessário acionar um plano de emergência, à semelhança do que aconteceu para Santo Antão e São Vicente.

“Os estragos, particularmente os de São Filipe, expuseram falhas inconcebíveis nas recentes obras edificadas no âmbito do PRRA, que evidenciam falta de rigor técnico e erros de palmatória na planificação da reabilitação dessa cidade, que é um património nacional e que ambiciona ser incluída na lista de patrimónios do mundo”, referiu.

Erros evitáveis

Esses “erros evitáveis”, segundo disse, levaram à perda de avultados recursos, a vulnerabilização da cidade e ameaçaram propriedades individuais e patrimónios do concelho.

“Não é concebível que nessas obras, inauguradas há escassos meses, não se tenha tido em conta a necessidade de um sistema eficiente de drenagem que levasse em consideração as caraterísticas dessa cidade”, indicou o eleito nacional.

Luís Pires alerta, por outro lado, que o que aconteceu nestas duas últimas chuvas é “apenas um sinal de alerta”, pelo que a visita do Governo ao Fogo deve ser aproveitada para, conjuntamente com a Câmara e os demais conhecedores da cidade, se equacionar um sistema de drenagem de qualidade, capaz de evitar estragos ainda maiores no futuro, principalmente se o asfalto continuar a ser colocado desrespeitando a orografia de São Filipe.

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