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Marrocos/ Sismo: Números atualizados dão conta de 2.500 mortos e mais de 2.000 feridos

As operações de busca continuam a decorrer em Marrocos, depois de na sexta-feira,8, um sismo de magnitude 6.9 na escala de Richter ter atingido a Cordilheira do Atlas, a pouco menos de 70 quilómetros de Marraquexe. As operações de busca prosseguem com dificuldade em zonas mais remotas do Atlas. O sismo já fez cerca de 2.500 mortos e mais de 2.000 feridos, segundo números atualizados pelo Ministério do Interior, segundo avançou esta manhã a agência France-Presse.

As equipas de socorro continuam a minuciosa e complexa operação de busca por sobreviventes e por corpos das vítimas mortais, naquele que é o maior sismo dos últimos 60 anos em Marrocos (em 1960 um terremoto atingiu Agadir, provocando 12 mil vítimas mortais).

As dificuldades nas operações de salvamento persistem em várias localidades, sobretudo nas aldeias montanhosas, mais remotas e em altitudes superiores, onde as estradas são mais estreias, estando agora obstruídas por enormes pedras.

Houve povoações que foram completamente destruídas pelo sismo. Alguns dos acessos estão completamente impedidos e intransitáveis, o que significa que há populações completamente isoladas desde sexta-feira.

Com relatos de sobreviventes a dormirem ao relento, foram montadas tendas de apoio em diferentes localidades para acolher as pessoas que ficaram sem casa.

Comunidade internacional já ofereceu ajuda ao Reino de Marrocos

Dois dias depois do sismo, no domingo, Marrocos aceitou o auxílio de apenas quatro nações (Reino Unido, Espanha, Catar, Emirados Árabes Unidos), anunciou no domingo o Rei Mohammed VI, através de um comunicado do ministério do Interior.

“As autoridades marroquinas realizaram uma avaliação cuidadosa das necessidades no terreno, tendo em conta que a falta de coordenação em tais casos seria contraproducente”, declarou, a partir da emissora estatal 2M.

“Com base nisso, as autoridades marroquinas responderam, nesta fase particular, às ofertas de apoio feitas pelos países amigos Espanha, Catar, Reino Unido e Emirados Árabes Unidos, que sugeriam a mobilização de um grupo de equipas de busca e salvamento”, disse.

Marrocos, que já foi criticada pela resposta lenta e falta de prontidão na gestão da ajuda oferecida, admitiu aceitar mais auxílio, caso necessário.

Autoridades cabo-verdianas estão a acompanhar a situação e os cabo-verdianos residentes naquele país

O Primeiro-Ministro de Cabo Verde, Ulisses Correia e Silva, já endereçou uma carta ao Reino de Marrocos na sequência das tristes notícias do forte sismo que abalou o país na sexta-feira.

UCS, em nota, endereçou as condolências ao Reino de Marrocos e estendeu a solidariedade àquele país.

O Primeiro-Ministro adiantou que o Governo continuará a acompanhar a situação, “através da nossa missão diplomática, para se inteirar da situação da nossa comunidade residente”, e enfatizou que “até ao momento” não há notícias de cabo-verdianos diretamente atingidos, segundo contactos mantidos pela Embaixada de Cabo Verde em Rabat.

Também o Presidente da República, José Maria Neves, também expressou a solidariedade dos cabo-verdianos ao povo e governo marroquino e assegurou, igualmente, que os estudantes e a comunidade cabo-verdiana naquele país estão bem.

JMN disse ainda que continuará a acompanhar “com muita atenção” a situação e deixou votos de rápida recuperação para aqueles que ficaram feridos no seguimento da catástrofe, como

“Em Marraquexe estavam dois estudantes, mas felizmente estão bem e toda a comunidade cabo-verdiana, neste momento, está bem. Os estudantes não foram afetados, mas estão seguindo as indicações das autoridades, fazendo a prevenção para eventuais réplicas” assegurou o Presidente da República cabo-verdiano.

Por: Tiago Ribeiro

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