A Espanha sagrou-se hoje, pela primeira vez, campeã do mundo de futebol feminino, sucedendo aos Estados Unidos, que tinham vencido a competição em 2019. As espanholas venceram a Inglaterra por 1-0 no jogo da final disputado em Sydney, Austrália, culminando, assim, um percurso exigente em que deixaram pelo caminho algumas das favoritas do torneio, incluindo as britânicas, actuais campeãs da Europa.
Um golo da capitã espanhola e defesa do Real Madrid, Olga Carmona, aos 29 minutos, foi suficiente para garantir o triunfo, num jogo em que a Espanha foi sempre melhor e teve as melhores ocasiões de golo. Aliás, a Espanha só não fez mais golos, porque a guarda-redes da selecção inglesa, Ora Mary Earps, fez várias defesas que seguraram a Inglaterra no jogo, tendo até defendido uma grande penalidade.
Olga Carmona-capitã espanhola marcou o único golo que deu a vitória à espanha
Com esta conquista, Espanha acaba de fazer história no contexto geral do desporto mais popular do mundo. Até aqui, apenas a Alemanha foi campeã pelo menos uma vez do Campeonato do Mundo de futebol feminino.
É caso para se dizer que depois da tempestade vem a bonança, já que a seleção espanhola passou um verdadeiro calvário para chegar ao olimpo do futebol feminino. A equipa liderada pelo espanhol Jorge Vilda, treinador de futebol, passou nos últimos tempos por uma grave crise, devido à polémica entre as jogadoras e o selecionador nacional, que levou ao afastamento de várias atletas.
Protagonismo da Espanha: reflexo dos investimentos dos últimos anos
No é por acaso que chegou a vez de Espanha assumir o protagonismo e elevar o nome do continente europeu. A presença na decisão é reflexo dos investimentos dos últimos anos. As espanholas orgulham-se de serem as atuais campeãs da Liga dos Campeões Feminina, com o Barcelona.
A Espanha está, inclusive, no top 3 das seleções mais valiosas da nona edição da Copa do Mundo. Segundo um levantamento da revista Forbes, a Espanha é a segunda com maior valor de mercado: 4,09 milhões de euros. As ações de Espanha subiram conforme a seleção foi avançando na Copa e chegaram ao clímax com a obtenção do título.
Inglaterra nunca tinha atingido a final
Inglaterra nunca tinha atingido a final
A Inglaterra, campeã europeia em título, alcança também a sua melhor participação num Campeonato do Mundo, uma vez que nunca tinha atingido a final, tendo sido terceira classificada em 2015 e quarta em 2019.
Suécia fica em terceiro lugar
O último lugar do pódio do Campeonato do Mundo feminino de futebol 2023 ficou entregue à Suécia, que ontem, Sábado, 19, venceu por 2-0 a Austrália, uma das anfitriãs, no encontro de atribuição do terceiro e quarto lugares. É pela segunda vez consecutiva que as suecas conquistam a medalha de bronze no jogo de atribuição do terceiro e quarto lugares da competição.
Suécia conquista terceiro lugar do Mundial feminino
Refira-se ainda que a Suécia, finalista vencida em 2003, termina um Campeonato do Mundo pela quarta vez no terceiro posto, depois de 1991, 2011 e 2019, enquanto a Austrália, uma das anfitriãs, consegue a sua melhor participação de sempre, tendo em conta que nas sete anteriores presenças nunca tinha passado sequer dos quartos de final.
Fifa disponibiliza 110 milhões de dólares em prémios
A Fifa reservou U$ 110 milhões em prémios, valor quatro vezes maior que o distribuído há quatro anos, em França. Além da taça, as campeãs embolsarão U$ 4,3 milhões e as vices U$ 3 milhões. Por outro lado, cada uma das 26 atletas das duas finalistas receberão, pelo menos, U$ 500.000 As vencedoras faturam pouco mais de U$ 500.000.
Estados Unidos com maís títulos
Das oito copas disputadas de 1991 a 2019, quatro foram vencidas pela seleção norte-americana, ou seja, a metade. Assim, os Estados Unidos detêm mais títulos do que um continente.
Estados Unidos com maís títulos
A Europa que é por assim dizer a casa das principais ligas do futebol feminino e, consequentemente, das principais craques do planeta bola, ostenta “apenas” três títulos: dois com Alemanha e um com a Noruega.
C/ Agências de notícias
