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Sociedade

Cruz Vermelha de Cabo Vede: Jogos de Totoloto e Joker informatizados até Dezembro 

Os jogos sociais da Cruz Vermelha de Cabo Verde (CVCV), nomeadamente o Totoloto e o Joker, vão ser informatizados até Dezembro, anunciou o presidente da Instituição, Arlindo de Carvalho. A automatização dos jogos sociais, recorde-se, arrasta-se há já alguns anos, tendo pelo meio um processo litigioso, devido ao incumprimento da empresa contratualizada para o efeito.

O sistema já se encontra quase pronto e cerca de 90 por cento do projecto já foi desenvolvido, assegurou Arlindo de Carvalho em declarações à Radio de Cabo Verde (RCV) na cidade de Nova Sintra, na sequência de uma deslocação à ilha da Brava.

Aquele responsável acrescentou que a plataforma que tem como suporte as novas tecnologias e Internet, incluindo negócios bancários e financeiros, se encontra na fase de montagem dos respectivos contratos.

Parcerias com instituições bancárias e financeiras

Segundo Arlindo de Carvalho, o processo de informatização em curso implica acordos com os bancos comerciais, companhias de telecomunicações e com plataformas internacionais onde vai-se alocar o ‘Cloud’.

Também avançou que todos os equipamentos necessários já foram requisitados pelo que a equipa que está a trabalhar no projecto vai testar, em Outubro próximo, o funcionamento do sistema em Cabo Verde para que o arranque definitivo do sistema possa iniciar ainda em Dezembro de 2023.

Novidades e vantagens 

Com a implementação do processo em curso, as apostas vão ser “muito mais fáceis”, designadamente através de telemóveis, tablets, computadores, entre outros, garantiu Arlindo de Carvalho, durante a apresentação, na cidade da Praia, em Outubro de 2022, do projecto de “modernização e transformação digital dos jogos sociais” a cargo da Cruz Vermelha de Cabo Verde.

“As novidades são muitas desde logo a introdução das novas tecnologias no funcionamento dos jogos, a criação de uma plataforma digital com uma componente de terminais modernos, com suporte físico, mas também ligado a uma rede”, disse, na ocasião, o Presidente da CVCV, sublinhando que toda a logística física em termos de transporte de boletins a nível nacional vai deixar de existir e que as pessoas podem jogar a qualquer momento a partir de qualquer ponto do planeta.

Refira-se que a logística actual dos jogos de Totoloto e Joker é muito pesada, implicando meios de transporte marítimo e terrestre que acabam por criar limitações de algumas ilhas, que, por exemplo, só conseguem jogar até às Quartas ou Quintas-feiras. 

Facilitar a vida dos jogadores de Totoloto e Joker

Por outro lado, a modernização em curso irá facilitar a vida dos jogadores de Totoloto e do Joker, que agora em vez de perderem tempo, por exemplo nas bichas, podem jogar através de um simples telemóvel ou portátil ou mesmo de um terminal com comunicação com internet.

Contribuição dos jogos sociais para o desenvolvimento de Cabo Verde

A Cruz Vermelha de Cabo Vede recebeu em 1977 a concessão para explorar a Lotaria Nacional e, em 1997, foi escolhida para gerir o Totoloto e o Joker em todo o território nacional. Em Novembro de 2020, assinou com o Estado de Cabo Verde um acordo de concessão para exploração dos jogos sociais em regime de exclusividade durante 20 anos.

O contrato de concessão de organização e exploração de três jogos sociais – Lotaria, Totoloto e Joker — prevê a distribuição dos lucros gerados (resultados líquidos) em 51% pelo Estado e 49% pela concessionária.

Aliás, o presidente Arlindo de Carvalho realça que os jogos sociais têm dado um enorme contributo para o desenvolvimento de Cabo Verde, não só através dos prémios distribuídos todas as semanas, mas também da promoção de acções com impacto social e económico.

Como exemplo, cita o facto de os projetos sociais da Cruz Vermelha serem financiados em cerca de 70 a 80% com recursos dos jogos, nomeadamente a rede de jardins infantis, lares de idosos, centros de consulta, intervenção dos voluntários nas comunidades, projetos ligados à juventude, à deficiência, à resiliência comunitária, às catástrofes e à formação.

C/ Inforpress e RCV

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