PUB

Economia

Convergência de serviços na CVTelecom irá trazer redução do preço dos serviços – João Domingos

A fusão das empresas do Grupo CVTelecom (CVT) e a consequente convergência dos serviços da empresa vai trazer nos próximos, dois a três meses, uma redução de preços dos vários serviços da empresa. A garantia é de João Domingos, PCA do Grupo CVTelecom e foi dada ontem, na Praia, durante o lançamento daquela que é a primeira marca comercial da empresa “Alô”, alou em criolo. A mesma simboliza o “rosto de Cabo Verde”.

A CVT passou, desde ontem, a ter uma marca comercial unificada para toda a empresa. “Alou” surge na sequência da fusão das três empresas da CVT (Zap, CVmultimédia e CVMóvel) e vai passar a representar a empresa no segmento a retalho, comercial e empresarial.

“Vamos trabalhar com duas marcas comerciais: uma marca para tudo aquilo que é comercial, empresarial e retalho, que é a marca Alou e outra marca para grossistas, sobretudo para a venda de capacidade internacional e nacional, que é Cabo Verde World Connect. Esta marca já está a operar e vai ter a sua própria campanha de lançamento nos próximos dias”, explicou o PCA da CVT, João Domingos.

Redução de preços a caminho

A isto está associada a convergência de todos os serviços, passando a empresa a disponibilizar pacotes de Net+Telefone, TV+Telefone, ou o chamado três em um Net+ TV+Telefone.  Cada pacote terá uma fatura única, trazendo, segundo esse responsável, vantagens para os clientes.

“Os serviços não mudaram, os custos é que vão mudar. Um cliente que antes tinha, por exemplo, três contratos conosco, passa a ter um único contrato. E um cliente que antes não podia ter um pacote completo do nosso serviço, passa a ter um pacote completo e fazer a gestão do seu crédito, o que é muito diferente, para uma família, trabalhar nessas condições”.

Os ganhos com os custos de reestruturação da estrutura, disse, vão ser repassados ao cliente.

“Trabalhar com três empresas tem vários custos de ineficiência que normalmente são repassados aos consumidores. Nós trabalhamos com três redes e passamos a trabalhar com uma rede. E nos próximos dois, três meses os consumidores começarão a sentir o efeito disso, através da redução dos preços dos vários serviços que nós prestamos ao mercado”, garantiu.

Internet mais barata

Essa redução é extensível aos custos de internet, perspectiva João Domingos, naquela que é uma das principais reivindicações dos clientes. Contudo, lembra que isso tem custos, relacionados, muito em parte, com a chamada economia de escala, face às especificidades de um mercado arquipelágico e pequeno.

“Os investimentos que nós fazemos aqui para 500 mil pessoas, são os mesmos investimentos que o Senegal faz com muitas mais pessoas. Portanto, isto (redução de custos de internet) vai ter uma caminhada própria e nós estamos a trabalhar nisso (…) seguramente que teremos serviços mais baratos no futuro.

Despedimentos fora de questão

Com a fusão e convergência, João Domingos descartou qualquer cenário de despedimentos, e admite mesmo a contratação de novos quadros.

“Os nossos trabalhadores estavam alocados à área de negócios e, por conseguinte, a dinâmica de negócios que temos vindo a assistir, actualmente, não nos conduz a despedimento de pessoas, bem pelo contrário, diz-nos que precisamos de mais pessoas para podermos dar resposta ao mercado”.

Em termos de reestruturação da empresa CVT , questionado se esta fusão não significa uma espécie de regresso ao passado, tendo em conta que a empresa já foi um grupo, que se dividiu em empresas, o mesmo diz que não e lembra que, agora, há concorrência, enquanto no passado tinham o monopólio, pelo que o cenário é diferente.

 “Neste momento estamos numa situação concorrencial. Digamos que o que nós constatamos é que, daquela situação do monopólio à abertura do mercado, para a concorrência e reestruturação, agora, nós aprendemos muito. E é este aprendizado que queremos tornar em benefícios para os nossos clientes”.

Reconfiguração dependente dos accionistas

Questionado pela imprensa sobre a possível reconfiguração da gestão da empresa e do Conselho de Administração, garantiu que, por enquanto, vão continuar com um único Conselho de Administração.

“É possível que nos próximos tempos, mas isso vai depender dos acionistas (não da gestão) que haja uma reconfiguração da gestão”, admitiu, avançando que, eventualmente, poderá ser “um Conselho de Administração e uma comissão executiva”. Isto, tendo em conta que, actualmente, o Conselho de Administração coincide com a Comissão Executiva.

Tecnologia é dádiva – Olavo Correia

O lançamento da primeira marca comercial da CVT contou com a presença de várias figuras da sociedade cabo-verdiana, entre parceiros, clientes e empresários do Grupo, incluindo Olavo Correia, vice-primeiro-ministro e ministro das Finanças.

Olavo Correia aproveitou a ocasião para parabenizar o grupo CVT rumo à inovação e transformação e enaltecer a importância da inovação para desenvolver Cabo Verde, ressaltando que as tecnologias são quase uma “dádiva” para os pequenos Estados Insulares como o arquipélago.

“Uma dádiva para nos conectarmos conosco próprios e nos conectarmos com o mundo. Cabo Verde só pode ser uma grande Nação se estiver conectado com o mundo. Cabo Verde centrado sobre si próprio está condenado à pobreza perpetua”.

Daí ter destacado a importância da conexão da diáspora que, disse, representa 60% dos depósitos bancários do país.

Nesse contexto, destacou a importância da era digital, no contexto dos serviços de qualidade “para todos”, para garantir “igualdade de oportunidades”, quer a nível da governação pública, quer a nível da economia digital.

Alô – o rosto de Cabo Verde

“Alô”, que representa, no fundo, a forma mais simples de se comunicar quando se atende o telefone ou se cumprimenta alguém, traduz-se no rosto de Cabo Verde e da diáspora, explicou José Luís Barros, director de Marketing da Cabo Verde Telecom.

“Nós tínhamos um desafio grande que era a convergência das empresas da CVT. Tínhamos três empresas e tínhamos de partir para a fusão. Com a fusão, necessariamente, tínhamos de ter uma nova marca. E nós quisemos que essa marca fosse cabo-verdiana, daí o nome Alô (Alou em criolo), simples, directo e curto. Uma palavra que utilizamos no dia a dia, para várias situações”, esclareceu à imprensa.

Associado ao Alô (Alou) surgem novas cores, quentes, como o verde e o vermelho, sendo que esta última já estava presente de alguma forma nas empresas do Grupo, anteriormente.

O azul, tão característico da empresa, vai continuar especialmente na marca direcionada para o segmento empresarial.

PUB

PUB

PUB

To Top